Monitorização da atividade física duplicou nos Cuidados de Saúde Primários entre 2020 e 2021

Em média, dois em cada 100 utentes utilizadores dos CSP foram avaliados em 2021, pelo menos uma vez, quanto aos seus níveis de atividade física (ARS Alentejo: 1,7% e ARS Algarve: 1,9%). 

Entre 2020 e 2021, a monitorização dos níveis de atividade física duplicou nos centros de saúde, tendo sido avaliados 2235 em cada 100 mil utentes que utilizam estas unidades dos cuidados de saúde primários. 

Os dados foram divulgados no relatório do Programa Nacional para a Promoção da Atividade Física (PNPAF) da Direção-Geral da Saúde (DGS), relativo a 2021, publicado esta quarta-feira, 6 de Abril, Dia Mundial da Atividade Física.

O relatório revela que, em média, dois em cada 100 utentes utilizadores dos CSP foram avaliados, pelo menos uma vez, quanto aos seus níveis de atividade física e comportamento sedentário, representando o dobro do valor monitorizado no final de 2020 (ARS Norte: 2,4%; ARS Centro: 2,7%; ARS LVT: 1,9%; ARS Alentejo: 1,7%; ARS Algarve: 1,9%).

De acordo com o relatório, desde o final de 2017, ano que foram disponibilizadas ferramentas digitais para a avaliação da atividade física, realizaram-se mais de 261 mil consultas contendo estas informações e resultados, 23,2% das quais no último ano. Na sequência das avaliações foram emitidos 42645 guias de aconselhamento breve para a promoção da atividade física, mais 18% do que no ano anterior.

Os resultados do uso de ferramentas digitais (de avaliação e aconselhamento), mostram ainda que, entre 2017 e 2021, nos Cuidados de Saúde Primários, os utentes a quem foi realizada uma segunda e terceira avaliações da atividade física evidenciaram uma tendência de aumento do seu nível de atividade física ao longo do tempo.

Portugueses praticaram mais exercício em 2021, mas aumentou o tempo sedentário

Em 2021 registou-se ainda uma tendência de aumento dos níveis de atividade física dos portugueses, destaca o relatório do PNPAF. Segundo o REACT COVID 2.0, estudo desenvolvido pela DGS, em parceria com o Instituto de Saúde Ambiental da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, 54,3% dos inquiridos apresentam níveis adequados de atividade física para a promoção da saúde (eram 46% em 2020).

Por outro lado, o estudo revela que também aumentou o tempo sedentário – de sete ou mais horas por dia – de 38,9% para 46,4% dos inquiridos.

Em comunicado, a DGS refere ainda que os resultados sugerem que a atividade física e o comportamento alimentar parecem influenciar-se mutuamente, “o que sublinha a importância de uma abordagem integrada na promoção destes comportamentos”. O género, a idade e a situação socioeconómica devem, segundo a entidade de saúde, ser considerados na abordagem.

 



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