Estádio transforma-se em Hospital Central do Algarve

Obra deve arrancar em Fevereiro de 2023

Esta notícia que publicámos hoje foi a tradicional mentira de 1 de Abril com que brindámos os nossos leitores. 

Tanto quanto sabemos, não há qualquer intenção de transformar o Estádio Algarve num do hospital…ou noutra qualquer infraestrutura.

Esta brincadeira é uma tradição nos órgãos de comunicação em Portugal, para celebrar o Dia das Mentiras. Para saber mais sobre esta tradição, clique aqui.

O Estádio Algarve pode vir a transformar-se no Hospital Central do Algarve. Esta foi a solução encontrada pelo novo Governo de António Costa para agilizar a construção da infraestrutura que é uma pretensão dos algarvios há vários anos.

O Sul Informação apurou que esta ideia incomum terá surgido depois da visita de Ana Mendes Godinho, ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, ao Estádio Algarve, quando este estava a ser utilizado como infraestrutura de apoio ao Algarve Biomedical Center, durante a pandemia da Covid-19.

A governante terá confidenciado a alguns dos presentes que a bancada Poente teria condições para ser convertida num serviço de urgência, com ambulatório e bloco operatório, onde funcionam atualmente as zonas de media do Estádio Algarve.

Ana Mendes Godinho no Estádio Algarve

A ideia surgiu para colmatar uma eventual necessidade dos hospitais algarvios, caso houvesse uma situação de rutura devido à pandemia, e, sabe o Sul Informação, esta possibilidade chegou a ser discutida num Conselho de Ministros da anterior legislatura.

Foi aí então que, em jeito de graça, um dos governantes atirou: «se a bancada Poente pode ser serviço de urgência, fechamos aquilo e fazemos ali o hospital novo. Faz mais falta do que um estádio».

O assunto ficou, então, por aí, mas, durante a campanha, com os candidatos socialistas algarvios a assumirem um papel de defesa da construção do novo hospital, voltou a ser discutida e chegou a António Costa, que não a achou, de todo, descabida.

A utilização, como base de construção para o hospital, de um edifício que já dispõe de infraestruturas básicas, nomeadamente eletricidade e saneamento, com grande capacidade, o que permite uma considerável poupança de verbas, terá sido um dos argumentos que convenceu o primeiro-ministro, tal como o facto de dispensar Avaliação de Impacte Ambiental.

Aliás, no dia da tomada de posse da nova Assembleia da República, os deputados do PS eleitos pelo Algarve questionaram Marta Temido, ministra da Saúde, sobre a construção do novo hospital. A isto não será alheio o facto de o dossier estar a conhecer avanços nos corredores dos ministérios.

Falta, ainda assim, dar mais um passo, para que a ideia, que Ana Mendes Godinho teve um dia, passe das intenções: é que o Estádio Algarve pertence aos municípios de Faro e Loulé.

Durante o impasse da tomada de posse do novo Governo, sabe o Sul Informação, ainda que de forma informal, foram feitos contactos com os autarcas dos dois municípios e, apesar de ambos reconhecerem as vantagens da existência de uma infraestrutura como o Estádio Algarve nos seus concelhos, estarão dispostos a ceder, em troca de uma verba.

 

Foi mais fácil convencer a Câmara de Loulé que, tal como o nosso jornal contou nesta reportagem, passados 15 anos, admitia que tinha de pensar duas vezes se voltava a construir o Estádio. No caso de Faro, o executivo considerava que tinha sido uma aposta ganha.

No entanto, a verba prometida pelo governo terá feito Rogério Bacalhau mudar de ideias. Com o aumento dos preços da energia, a estabilidade financeira do município pode estar em risco, tal como o autarca já confessou publicamente.

A transferência estatal para os cofres das autarquias, que pode atingir os 25 milhões de euros, vem dar uma importante ajuda.

Segundo apurou o Sul Informação, de acordo com estudos arquitetónicos que foram feitos para aferir da possibilidade da construção do hospital “em cima” do estádio, tal como preconizou Ana Mendes Godinho, o serviço de urgência e o bloco operatório serão instalados na Bancada Poente.

A zona do relvado manter-se-á aberta, para a construção de um Jardim Terapêutico, uma nova valência, que vai ao encontro de estudos recentes, que comprovam os benefícios de espaços deste género em unidades de saúde.

As bancadas Norte e Sul, que são amovíveis, serão finalmente retiradas e, aí, serão construídos os edifícios que vão albergar as zonas de internamento das várias especialidades.

As obras, caso tudo corra como o previsto, só devem arrancar no início de Fevereiro do próximo ano, uma vez que este é um concurso internacional sujeito a visto do Tribunal de Contas.

 

 

 



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