Escolas algarvias já receberam perto de 450 alunos ucranianos

Escolas de Portimão, Albufeira e Loulé foram as que receberam mais alunos

Até ao final da primeira semana de Abril, as escolas do Algarve já tinham recebido perto de 450 alunos ucranianos. Segundo o delegado regional de Educação, «mesmo sem vagas», os jovens vindos da Ucrânia «são sempre acolhidos» e distribuídos pelas turmas, sendo as escolas de Portimão, Albufeira e Loulé as que já receberam mais refugiados.

Em entrevista ao Sul Informação, Alexandre Lima explicou que, neste momento, o papel principal passa mais «pela integração social do que curricular».

Por isso, todos os alunos estão inseridos no programa de Português Língua Não Materna (PLNM), «para facilitar a aprendizagem do português» e, a partir daí, «poder aprender mais», acrescentou.

Apesar de os dados do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) darem conta da chegada, ao Algarve, de aproximadamente 1500 crianças e jovens, Alexandre Lima esclarece que, em relação às escolas, são apenas contabilizados os alunos em idade escolar obrigatória, ou seja, entre os 6 e os 18 anos.

Questionado sobre as características de integração destes alunos, o delegado regional de Educação explica que é «dever das escolas» ter um papel positivo na integração destas faixas etárias em Portugal e diz que se tem assistido a «uma grande disponibilidade de toda a comunidade escolar para ajudar estas crianças».

De acordo com Alexandre Lima, em Portimão, por exemplo, houve até uma aluna que «pediu para mudar de turma para ajudar os colegas ucranianos» e uma professora reformada que fala ucraniano voltou para ajudar.

«Sabemos que a língua condiciona a integração, mas está a haver essa atenção», frisa o delegado.

Além do apoio curricular, os alunos que necessitem estão ainda a ser acompanhados pelos psicólogos alocados a cada agrupamento, garante  Alexandre Lima, referindo que os professores estão atentos para avaliar a necessidade de acompanhamento psicológico.

A nível nacional, de acordo com dados revelados recentemente pelo novo ministro da Educação, as escolas portuguesas já receberam 1860 alunos ucranianos.

Em declarações, após participar num Conselho de Ministros da Educação da União Europeia (UE), no Luxemburgo, João Costa frisou a preocupação em «trabalhar muito as competências sociais e emocionais dos alunos», que «vêm num contexto de guerra».

 

 



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