Tavira quer ter um helicóptero o ano inteiro no novo Centro de Meios Aéreos de Cachopo

Obra de renovação do Heliporto vai custar 2,5 milhões de euros

Imagem de Arquivo – Foto: Hugo Rodrigues | Sul Informação

A obra em si permitirá melhorar as condições logísticas e operacionais do helicóptero de combate a incêndios e da sua tripulação, mas «o objetivo último» do investimento do novo Centro de Meios Aéreos de Cachopo, em Tavira, cujo concurso já foi lançado, é que haja neste local «um meio aéreo o ano inteiro, para aumentar a segurança dos cidadãos».

Segundo revelou ao Sul Informação Ana Paula Martins, presidente da Câmara de Tavira, a obra, que se quer concluída «no final de 2022 ou início de 2023», vai permitir não só renovar a pista e criar uma infraestrutura de apoio, mas também construir acomodações permanentes para os agentes de proteção civil que ali ficam estacionados, que atualmente «ficam alojados em contentores».

O projeto que está a concurso prevê a construção de um edifício de dois pisos. No piso superior, que dará diretamente para a pista, será instalada uma «zona operacional, com a sala de comunicação e um espaço para equipamento».

No piso inferior, será instalada «uma camarata feminina com três camas e outra masculina com oito camas», bem como «uma sala de convívio com espaço de cozinha e refeições e um espaço multiusos, onde pode ser dada formação».

A obra, que também prevê «a ampliação das redes de distribuição de água e drenagem de águas residuais e a pavimentação da via de acesso», tem um prazo de execução de 180 dias e um custo estimado de 2,5 milhões de euros, que terão comparticipação de fundos do Programa de Cooperação Transfronteiriça Interreg VA Espanha – Portugal.

«Todos os anos, temos o helicóptero a operar a partir de Cachopo durante parte do ano, no âmbito do Dispositivo de Combate a Incêndios Florestais», explicou Ana Paula Martins.

Os operacionais da Proteção Civil e da Unidade de Emergência de Proteção e Socorro [a nova designação do GIPS] da GNR destacados para esta localidade do concelho de Tavira, nas fases de maior risco de incêndio, até agora tinham de usar instalações temporárias.

Com esta obras, passam a ter todas as condições necessárias.

Mais do que criar uma infraestrutura para funcionar em pleno durante alguns meses, a presidente da Câmara de Tavira ambiciona que este helicóptero passe a estar estacionado em Cachopo «o ano inteiro» e já fala em «negociar» com a autoridade regional de Proteção Civil para que isso aconteça.

A autarquia tavirense assume como objetivo desta obra «reforçar a capacidade de resposta de proteção e socorro de meios aéreos no Algarve, permitindo efetuar intervenções de emergência diferenciadas para a segurança dos cidadãos, apostando na dinamização e dotando com recursos uma freguesia situada a mais de 40 Km da cidade, com elevado risco de incêndio onde a vegetação densa e o relevo acidentado dificultam as operações das equipas terrestres».

Além desta intervenção, estão também em andamento os projetos de ampliação do heliporto de Loulé e de criação do Centro de Meio Aéreos de Monchique.

 

 



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