Projeto transfronteiriço de combate a incêndios já executou 8 milhões de euros, mas precisa de «acelerar»

Projeto envolve cofinanciamento de fundos europeus a projetos de ampliação e criação de centros de meios aéreos

Já foram executados 8  milhões de euros, mas «é vital acelerar e finalizar os processos em curso e as adjudicações pendentes nos três territórios» no âmbito do projeto CILIFO – Centro Ibérico de Investigação e Combate aos Incêndios Florestais, que junta as regiões do Alentejo, Algarve e Andaluzia.

Esta foi a conclusão de uma reunião de coordenação e ponto de situação entre os parceiros deste projeto de cooperação transfronteiriça, realizada no âmbito do protocolo de Cooperação Transfronteiriça da Comunidade de Trabalho «Eurorregião Alentejo-Algarve-Andaluzia» (EuroAAA), que teve lugar ontem, quarta-feira, dia 30.

Segundo Alexandre Garcia, coordenador do CILIFO, é preciso ser mais célere na execução dos processo e adjudicações, de modo «a ser cumprido o calendário das ações previstas no Algarve de ampliação da Base de Helicópteros em Serviço Permanente (BHSP) de Loulé, construção das instalações dos heliportos de Monchique e Cachopo (Tavira) e do centro de formação do Azinhal (Castro Marim)».

Este responsável diz mesmo que esta celeridade é fundamental «para o êxito financeiro e material das obras».

«Para além das infraestruturas em fase de construção em Espanha e na região Algarvia, o projeto CILIFO está a promover trabalho de proximidade, sensibilizando as populações, bem como a desenvolver estudos com as comunidades académicas e dinamizar a formação dos operacionais dos bombeiros e da proteção civil, através da AMAL», enquadra a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional, que acolheu o encontro.

A jornada de trabalho terminou com uma visita ao Centro Regional de Emergência e Proteção Civil (CREPC) do Algarve e à BHSP, «onde todos tiveram oportunidade de conhecer as instalações afetas e os procedimentos existentes no domínio das operações e gestão de emergência».

 

 

«A ocorrência desta reunião no Algarve prende-se com a necessidade de dinamizar a cooperação inter-regional transfronteiriça, contribuindo para a integração europeia do espaço regional e para o reforço da sua competitividade, com base em estratégias de desenvolvimento sustentável de níveis regional e local, considerada prioritária pelos presidentes das três regiões no documento estratégico da EuroAAA assinado em 2 de Março», enquadrou a CCDR algarvia.

Também visou «promover uma adequada articulação intersetorial entre os serviços desconcentrados de âmbito regional, em termos de concertação estratégica e de planeamento das intervenções de natureza ambiental, económica e social, numa ótica de desenvolvimento regional, conforme está previsto na missão da CCDRs».

O CILIFO junta as regiões do Alentejo, Algarve e Andaluzia num projeto que pretende, num objetivo alargado melhorar a capacidade de resposta dos Municípios e das autoridades com competências na Proteção Civil e no combate aos incêndios florestais.

Com uma duração de quatro anos, a execução deste projeto liderado pela Junta de Andaluzia deve estar concluída até ao final de 2022 e prevê um investimento na ordem dos 24 milhões de euros, dos quais 75% são cofinanciados no âmbito do Programa Interreg V A España – Portugal (POCTEP) 2014-2020.

Participaram na reunião em formato híbrido (presencial e online), pela parte portuguesa, a vice-presidente da CCDR Algarve, Elsa Cordeiro, o comandante regional da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, Vítor Vaz Pinto, representantes da Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL) e dos municípios de Castro Marim, Loulé, Monchique e Tavira e os responsáveis pela coordenação do projeto por parte das autoridades da Andaluzia.

 

 

 



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