Número de desempregados em Fevereiro no Algarve foi o 4º mais baixo da década

Confiança numa boa época alta aumentou recrutamento

Na última década, só em 2018, 2019 e 2020, o número de desempregados inscritos nos Centros de Emprego do Algarve, em Fevereiro, foi inferior ao que se registou no segundo mês deste ano, segundo dados divulgados pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).

De acordo com os dados do IEFP, no final de Fevereiro, havia 23.148 desempregados registados, um valor que é ligeiramente inferior ao que se registava em 2017, na mesma altura.

Se a comparação for feita com o ano passado, quando havia 33.459 inscritos, há uma redução superior a 10 mil pessoas à procura de emprego no Algarve, no segundo mês do ano.

A quebra homóloga do desemprego em Fevereiro (-30,8%) é também a maior registada desde o início da pandemia.

No mês de Fevereiro começa, habitualmente, o recrutamento de mão de obra para a época alta. Esta diminuição dos inscritos já em Fevereiro permite perceber que existe confiança dos empresários num bom ano turístico no Algarve.

João Fernandes, presidente da Região de Turismo do Algarve, partilha desta confiança, apesar da incerteza trazida pela guerra, uma vez que, como avançou na Bolsa de Turismo de Lisboa, o Algarve está com «reservas muito elevadas em carteira» para a Páscoa e o Verão.

«Temos já dois valores certos que conseguimos garantir mesmo em crise: a notoriedade e o facto de não termos de baixar os preços pela primeira vez em crise», disse.

A procura pelo Algarve, no que diz respeito ao alojamento, atingiu, em Fevereiro, valores semelhantes ao período pré-pandemia, o que também é um fator de confiança para os hoteleiros, responsáveis pelo recrutamento de uma fatia importante dos inscritos no Centro de Emprego.

Segundo o IEFP, havia, no final de Fevereiro, 1276 ofertas de emprego no Algarve, uma subida de 62,1% em relação ao mês de Janeiro e de 379,7%, em relação ao mesmo mês do ano passado, quando se vivia um segundo confinamento no país.

Resta saber se o clima de confiança no setor turístico vai ser imune às consequências económicas provocadas pelo conflito na Ucrânia, uma realidade que só se irá começar a refletir nos próximos meses.

 

 



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