Morreu o poeta algarvio Gastão Cruz

Poeta nasceu em Faro, em 1941

O poeta algarvio Gastão Cruz, natural de Faro, morreu este domingo, 20 de Março, aos 80 anos, no Hospital Egas Moniz, em Lisboa. 

A informação foi confirmada à Agência Lusa por uma fonte próxima da família.

Gastão Cruz nasceu em 1941, em Faro, e licenciou-se pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa em Filologia Germânica. Professor do ensino secundário, o autor exerceu paralelamente, entre 1980 e 1986, a carreira de leitor de Português no King’s College de Londres e dirigiu, nos anos 70 a 90, após a morte de Carlos Ferreira, o grupo de teatro Teatro Hoje/Teatro da Graça que ajudou a fundar.

O gosto pelo teatro e pelo mundo da poesia empurra-o para a tradução de títulos dramáticos de, entre outros autores, Strindberg, Shakespeare (Conto de Inverno) e Cocteau e para a organização de recitais dramatizados que proporcionam uma intensa divulgação poética.

Ainda muito jovem, com apenas 19 anos, Gastão Cruz, manifestando já um grande apego pelo texto poético, publica o seu primeiro livro “A Morte Percutiva”, no volume colectivo intitulado Poesia 61, que compila textos de uma plêiade de cinco jovens poetas: Casimiro de Brito, Fiama Hasse Pais Brandão, Luiza Neto Jorge e Maria Teresa Horta.

O algarvio Gastão Cruz foi, em 2018, distinguido com a Medalha de Mérito Cultural atribuída pelo Ministério da Cultura.

O poeta recebeu vários prémios literários ao longo da vinda, com livros como Crateras (2000), que ganhou o Prémio D. Dinis, Rua de Portugal (2002), que obteve o Grande Prémio de Poesia CTT, ou “Existência” que venceu o Grande Prémio de Poesia Maria Amália Vaz de Carvalho, em 2019.

Também em 2019, recebeu o grau de Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique.

 



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