Fiscalidade régia é tema de conferência em Loulé

Catarina Rosa é doutoranda em História Medieval na FCSH-NOVA

“A participação municipal na fiscalidade régia: o pedido de 1468 em Loulé”. Este é o tema da conferência “Loulé na linha do tempo” que Catarina Rosa irá apresentar, no dia 9 de Abril, a partir das 15h00, no Arquivo Municipal de Loulé Professor Joaquim Romero Magalhães.

Nos séculos XIV e XV, o poder régio solicitou, em diversas ocasiões e por motivos vários, a colaboração dos concelhos através da satisfação de pedidos.

«Estes subsídios configuravam um encargo geral de caráter extraordinário e incidiam sobre a propriedade individual das pessoas tributáveis», recorda a Câmara de Loulé.

Esta conferência ocupa-se, precisamente, de um desses subsídios: o pedido dos 60.000 florins votado nas Cortes de 1468, do qual chegaram até nós dois cadernos (ainda inéditos) referentes à sua arrecadação em Loulé.

Com efeito, pretende-se abordar o seu contexto, as suas motivações, a sociologia dos contribuintes e os moldes em que se procedeu à sua arrecadação nesta vila algarvia, perspetivando-se, todavia, uma reflexão mais alargada sobre a participação municipal na fiscalidade régia e a relação entre os dois poderes.

Catarina Rosa é licenciada em História pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e mestre em História Medieval pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas-NOVA, onde defendeu uma dissertação sobre a fiscalidade régia em Lisboa nos séculos XIV e XV.

Atualmente é doutoranda em História Medieval na FCSH-NOVA e está a desenvolver uma tese sobre finanças e fiscalidade municipal em cidades e vilas portuárias portuguesas (entre as quais, Loulé), no período entre 1325 e 1521.

 



Comentários

pub