Da Ria ao Barrocal, Alvor recebe primeiras Jornadas de Gastronomia de Portimão

As inscrições são gratuitas, embora limitadas a 50 pessoas

Foto: Elisabete Rodrigues | Sul Informação – Arquivo

As primeiras Jornadas de Gastronomia de Portimão – da Ria ao Barrocal realizam-se no dia 25 de Março, no Centro Comunitário de Alvor. 

O objetivo desta iniciativa é «valorizar os produtos da região e a sensibilizar os participantes para as questões ambientais relacionadas com a sustentabilidade gastronómica, enquanto fator de promoção turística».

Após um passeio matinal pela Ria de Alvor, aberto a todos os participantes, a sessão de abertura das Jornadas está marcada para as 10h00, a que se seguirá mesas-redondas sobre as raízes e o futuro da gastronomia local.

Em simultâneo, haverá a preparação ao vivo de duas iguarias, numa combinação entre ancestralidade e modernidade gastronómica: a senhora Diamantina, de Alvor, demonstrará a preparação dos milhos aferventados, prato típico da quadra natalícia e feito com milhos, enchidos e cinzas e o chef João Oliveira, do Restaurante Vista, com uma estrela Michelin, preparará uma sugestão para utilização de algas na alimentação.

Esta iniciativa resulta de uma organização entre o ‘chef’ e consultor gastronómico Óscar Cabral e a SOMAR.BIO, uma associação algarvia de preservação e educação ambiental, contando com a parceria da Junta de Freguesia de Alvor e os apoios da Associação de Turismo de Portimão e do ‘chef’ João Oliveira, entre outros.

Segundo Óscar Cabral, também professor de Cozinha nas Escolas do Turismo de Portugal, «é urgente valorizar o património alimentar das comunidades, pelo que estas jornadas pretendem debater o ecossistema da gastronomia e o seu impacto no território e nos ativos turísticos da região, trazendo a palco os atores que lhe dão forma, como os produtores, os restaurantes, o poder local, os cozinheiros, os académicos, enfim, criando plataformas de cooperação para que a gastronomia continue a colher a celebração permanente que merece».

Na perspetiva de Carolina Fontinha, responsável pela SOMAR.BIO, «um evento desta natureza permite-nos captar a atenção das comunidades para o trabalho de sensibilização ambiental e de preservação dos ecossistemas, os quais não podem ser alheios à vertente do consumo alimentar e, com isso, à preservação da gastronomia local, fomentando-se a existência de cadeias curtas de abastecimento (do produtor ao consumidor, de forma direta), com menor pegada ambiental, sem esquecer a valorização e utilização com parcimónia e regra dos recursos marinhos, onde se inserem os bivalves, as algas, e todos os outros produtos da economia azul associados à gastronomia».

As inscrições são gratuitas, embora limitadas a 50 pessoas, incluem as degustações e já se encontram abertas aqui.

 



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