Aumento dos combustíveis leva empresas de transferes do sul a pedir «apoio imediato e concreto»

Os preços dos serviços foram acordados antes do grande aumento de preços que se tem verificado

As empresas de autocarros e carrinhas de transferes do sul querem «apoio imediato e concreto» da parte do Governo, para fazer face ao elevado aumento do valor do combustível.

Caso estes apoios não surjam, as frotas destas empresas, «compostas por dezenas de autocarros e centenas de carrinhas, possivelmente ficarão paradas, (…) deixando por transportar milhares de turistas», assegurou a Associação de Transporte de Passageiros do Sul (ATPS).

«Segundo dados de algumas empresas sócias, já há milhares de reservas em sistema, mas as mesmas, segundo contas efetuadas, causarão uma perda de 50% no lucro nos serviços em causa se não houver descida do preço do combustível ou apoio estatal», acrescentou a mesma entidade.

Segundo a associação «a questão de fundo, nesta situação, está relacionada com os contratos assinados há uns meses, com os operadores turísticos e agências de viagens. Neste momento, não há cláusulas que possam inverter os valores acordados com os mesmos, pois no passado nunca se tinha chegado a estes valores por litro de combustível».

O aumento do preço dos combustíveis foi o tema de uma reunião extraordinária convocada pela direção da ATPS, que teve lugar na terça-feira, no Hotel Vila Petra, em Albufeira, «na qual os sócios demonstraram e partilharam o impacto que o aumento abrupto dos combustíveis terá na sua operação de Verão, que se inicia na altura da Páscoa».

Neste encontro, foi decidida «a criação de uma plataforma, através da qual será feita a partilha de serviços entre as empresas, de forma a facilitar e encaixar serviços para minimizar os custos, acordando, entre si, uma tabela de preços para os serviços efetuados».

O Governo, lembra a ATPS, irá «disponibilizar em breve novos apoios através do Fundo Ambiental para os táxis, TVDE´s e autocarros, mas continuam a ficar de fora as viaturas ligeiras até 9 lugares, que prestam serviços de transferes e de transporte escolar para diversos Municípios no Algarve e Alentejo, licenciadas através do IMT/Turismo de Portugal».

A ATPS já solicitou uma reunião à RTA, «na qual, entre outros assuntos, abordará este tema».

 

 



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