27 enfermeiros da Urgência de Pediatria de Faro pediram escusa de responsabilidade

Queixas «foram comunicadas por um conjunto de enfermeiros da Urgência de Pediatria do Hospital de Faro»

27 enfermeiros da Urgência de Pediatria do Hospital de Faro pediram escusa de responsabilidade devido à «falta de condições mínimas», revelou esta terça-feira, 8 de Março, o Sindicato dos Enfermeiros (SE). 

Numa nota enviada à imprensa, Pedro Costa, presidente do SE, explica que as queixas «foram comunicadas por um conjunto de enfermeiros da Urgência de Pediatria do Hospital de Faro» e «reporta uma enorme pressão sobre os recursos técnicos e humanos disponíveis».

Essa pressão deve-se «à existência de dois circuitos de atendimento do utente pediátrico (respiratório e não respiratório), bem como um quadro de recursos humanos manifestamente inferior às necessidades, face à criação destes dois circuitos».

Pedro Costa diz que, ao Sindicato dos Enfermeiros, foram ainda comunicadas queixas referentes a uma constante diminuição do número de enfermeiros escalados, alocados no acompanhamento dos utentes que necessitam de internamento em Portimão e a manutenção de funcionamento da Urgência de Pediatria sem a presença de um pediatra.

A isto junta-se a «manutenção de funcionamento da Urgência de Pediatria com recurso exclusivo a profissionais médicos exteriores ao Departamento, sem conhecimento dos protocolos da instituição, das aplicações informáticas ou dos circuitos do utente».

Na prática, «estes enfermeiros têm de continuar a exercer a sua profissão, dando o melhor de si para prestar os melhores cuidados possíveis aos doentes face às condições existentes».

No Serviço de Urgência Geral do Hospital Garcia de Orta, também 65 enfermeiros pediram a escusa de responsabilidade.

Pedro Costa reitera a necessidade de «serem criadas condições para que as administrações hospitalares possam contratar os recursos de que necessitam sem terem de estar constantemente dependentes da aprovação do Ministério da Saúde».

«Não podemos estar dependentes de contratações pontuais ou para suprir necessidades de curtos espaços de tempo, pois isso não gera rotinas nem contribui para melhorar os níveis de desempenho e diminuir os riscos de erro», conclui.

 



Comentários

pub