Volta ao Algarve: Belga Evenepoel vence contrarrelógio e é o novo camisola amarela [com fotogaleria]

Contrarrelógio entre Vila Real de Santo António e Tavira (32,2 quilómetros)

 

O belga Remco Evenepoel (Quick-Step Alpha Vinyl) é o novo líder da Volta ao Algarve, depois de vencer o contrarrelógio de 32,2 quilómetros entre Vila Real de Santo António e Tavira.

Este triunfo de Evenepoel, que foi o vencedor da Algarvia em 2020, coloca-o numa boa posição para amanhã, na última etapa, repetir a vitória e tornar-se no novo vencedor da prova.

Evenepoel foi muito superior aos restantes ciclistas durante o contra-relógio de 32,2 quilómetros. Bateu todos os recordes de seus rivais no primeiro e segundo pontos intermédios, tendo pedalado à média de 51,089 km/h para parar o cronómetro nos 37m49s.

Na linha de chegada, a distância com seus adversários era enorme. O suíço Stefan Kung (Groupama-FDJ), que foi o segundo classificado, parou o relógio em 38:47, ou seja, com quase 1 minuto de diferença, enquanto o britânico Ethan Hayter (INEOS Grenadiers) foi 3º, a 1:06 do ciclista belga.

Comentando a sua prestação, no final da prova, Evenepoel disse: «Estou super, super feliz. Desde o início da semana sabia que este era o dia mais importante para mim. Tentei resguardar-me ao máximo para hoje e penso que tive uma preparação perfeita a pensar no contrarrelógio. Fizemos um bom reconhecimento do contrarrelógio. O vento estava forte, era um pouco perigoso a descer e não arrisquei nada na descida. Estou feliz por ter sobrevivido sem nenhum problema. No plano e na subida dei tudo, sem hesitar, a todo o gás».

«Acho que hoje foi o meu melhor contrarrelógio de sempre. Não esperava ganhar por tanta diferença. Stefan Küng é um dos melhores do mundo no contrarrelógio», confessou o homem do dia.

Na geral, o ciclista belga tem agora 1.06 minutos de avanço sobre Hayter e 1.25 sobre o norte-americano Brandon McNulty (UAE Emirates).

O francês David Gaudu (Groupama-FDJ), trepador puro, com pouca envergadura física, defendeu-se muito bem, mas as suas caraterísticas não lhe permitiram melhor do que o nono lugar na etapa, cedendo 2m09s e a Camisola Amarela Turismo do Algarve a Remco Evenepoel.

Rafael Reis (Glassdrive-Q8-Anicolor), que passou boa parte da tarde na cadeira para o detentor do melhor tempo, cotou-se como melhor português, na 23.ª posição, a 3m26s do vencedor da etapa. 

A INEOS Grenadiers, ainda com Daniel Martínez e Dylan van Baarle no top 10, será a maior ameaçada à ambição de Evenepoel repetir o triunfo de 2020 na Volta ao Algarve. 

“Provavelmente só teremos de controlar a corrida. Podemos esperar uma etapa muito difícil no início. Vai ser algo caótico, uma grande luta para nos colocar sob pressão. Tenho 100 por cento de confiança nos companheiros, especialmente o Louis [Vervaeke], o último que fica comigo, vamos também tentar ganhar a etapa”, adiantou Remco Evenepoel. 

Só que terreno para tentar modificar a classificação não faltará, neste domingo, na quinta etapa. Será uma ligação de 173 quilómetros, entre Lagoa e o Alto do Malhão, Loulé. A meta coincide com uma contagem de montanha de segunda categoria. Mas o Malhão será ainda escalado a 24 quilómetros do final, antecedido pelas subidas de Picota (km 43,6), Vermelhos (106,2) e Alte (135,5). 

Remco Evenepoel é junta a Camisola Branca IPDJ, de melhor jovem, à Camisola Amarela Turismo do Algarve. Fabio Jakobsen (Quick-Step Alpha Vinyl Team) veste a Camisola Verde Crédito Agrícola, dos pontos, e João Matias (Tavfer-Mortágua-Ovos Matinados) terá um domingo trabalhoso, em defesa da Camisola Azul Lusíadas, da montanha. A INEOS Grenadiers comanda por equipas. 

Vicente García de Mateos (Aviludo-Louletano-Loulé Concelho) parte para o último dia como melhor elemento das equipas portuguesas. É 21.º, a 5m39s do camisola amarela. O melhor ciclista nacional é Ricardo Vilela (W52-FC Porto), 30.º, a 8m05s.

 

Fotos: Nelson Inácio | Sul Informação e João Fonseca

 



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