PCP: Encerramentos da urgência de pediatria de Faro «não podem continuar»

Comunista exigem medidas urgentes para garantir a fixação de profissionais de saúde

O PCP/Algarve exige «que se tomem medidas urgentes com vista a garantir a atração e fixação de médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde», para evitar o encerramento de serviços, nomeadamente o recente fecho da urgência pediátrica do Hospital de Faro, situações que «não podem continuar».

Apesar de, neste momento, este serviço do Hospital de Faro estar em funcionamento, graças a um esforço interno dos profissionais desta unidade de saúde, o Centro Hospitalar Universitário do Algarve chegou a anunciar, na manhã desta sexta-feira, que a urgência pediátrica farense iria estar encerrada até este domingo.

Os comunistas pegam, de resto, nas palavras do próprio Conselho de Administração do CHUA, que anunciaram que «a carência de médicos pediatras, a que se juntam algumas situações de baixa médica, tornam impossível a constituição das equipas das urgências pediátricas no centro hospitalar, pelo que nos vemos forçados a encerrar a urgência de pediatria da unidade de Faro».

«Esta situação, que se tem tornado recorrente ao longo dos últimos tempos, revela não só a ausência de medidas que garantam a atração e fixação de médicos e de outros profissionais de saúde no SNS – como o PCP tem proposto designadamente durante a discussão da proposta de Orçamento do Estado para 2022 – mas também, uma política que de forma indireta contribui para alimentar o negócio dos grupos económicos privados que lucram com a falta de resposta do SNS», diz o PCP/Algarve .

«Ao contrário do que diz o Ministério da Saúde, o recurso em situações de urgência pediátrica ao Hospital de Portimão – que fica a 70 quilómetros de Faro e a 115 de Vila Real de Santo António – não é solução. As crianças e os pais algarvios precisam de ter a segurança de que, em qualquer eventualidade, as portas da urgência pediátrica não se encontram encerradas, nem a saúde e a vida dos mais novos é posta em causa», acrescenta.

Desta forma, o PCP exige que se invista nas carreiras e remunerações dos profissionais de saúde, «combatendo o assalto que os hospitais e clínicas privadas estão a fazer aos profissionais do SNS. Medidas urgentes que só não estão implementadas porque o Governo PS assim o tem recusado».

 

 



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