O que procuram as empresas nos jovens profissionais…e o que têm para oferecer

Saibam como começar a trilhar caminho para se tornarem nos profissionais mais desejados do tecido empresarial algarvio

Back of employer. Employer listening to candidate for vacancy

Emprego jovem – Foto: Depositphotos

Atenção, jovens profissionais que querem trabalhar no Algarve: corram a responder à primeira chamada para entrar no mercado de trabalho, mas não sem antes adquirirem ou aperfeiçoarem aqueles que são considerados os novos requisitos das entidades empregadoras.

Vontade de cumprir ordens? Esqueçam! As empresas agora procuram jovens autónomos, proativos e com espírito de iniciativa.

Entregar o trabalho dentro do prazo? Não é suficiente! Os empregadores querem jovens resilientes, com capacidade para resolver problemas e gosto pelo trabalho em equipa.

Possuir um grau académico? Convém, mas mais do que isso, é importante demostrar vontade de aprender, além de interesse por Informática e por outras línguas.

Portanto, saibam como começar a trilhar caminho para se tornarem nos profissionais mais desejados do tecido empresarial algarvio.

O que procuram as empresas nos jovens profissionais?

Procuram competências comportamentais como autonomia, iniciativa, resiliência e capacidade para resolver problemas, além de competências profissionais como conhecimentos em línguas e informática.

Estes são alguns dos atributos mais valorizados pelas empresas, que os jovens prestes a terminar o ensino secundário ou universitário devem conhecer (e atender!), para melhor ultrapassarem os obstáculos que podem surgir na hora de entrar para o mercado de trabalho no Algarve.

Isso porque têm de enfrentar a alta taxa de desemprego entre as camadas mais jovens, em primeiro lugar, e logo a seguir, a dificuldade em manter o emprego que finalmente encontraram, muitas vezes em condições precárias, contratos a prazo ou períodos experimentais.

É por isso fundamental que os jovens profissionais saibam o que a generalidade das empresas procura atualmente:

Formação adequada
A formação adequada ao posto de trabalho, é naturalmente um dos requisitos das empresas, embora o curso ou o nome da universidade que o candidato frequentou nem sempre seja um fator decisivo num mercado de trabalho cada vez mais competitivo.

Com o acesso ao ensino superior democratizado, os empregadores baseiam-se também noutros diferenciais, alguns dos quais vou falar de seguida.

Autonomia, iniciativa e proatividade
A maioria das empresas no Algarve procura profissionais autónomos e com poder de iniciativa para desempenhar tarefas eficazmente, mesmo aquelas que (ainda) não foram atribuídas pelo superior.

Além de jovens profissionais que não fiquem dependentes de instruções, as empresas interessam-se por pessoas proativas, que consigam propor novas soluções.

Resiliência e capacidade para resolver problemas
Por muito confortável que seja a sua posição no mercado de atuação, qualquer empresa passa por situações adversas e enfrenta problemas, e por isso é natural que procure jovens resilientes, ou seja, que encarem e superem as adversidades com otimismo, lidem com os problemas de forma positiva, aprendam com os erros e resistam às pressões externas.

Mais! No atual contexto empresarial, jovens que não sejam capazes de resolver os problemas que possam surgir, ficam para trás! O pensamento crítico, a capacidade de antecipar um problema ou de resolvê-lo com relativa facilidade, é um trunfo diferenciador.

Vontade de aprender
Licenciados, mestres, doutorados? São sempre bem-vindos! Mas, para muitas empresas, a vontade de aprender “compensa” a falta de um grau académico, já que o importante é que o jovem tenha vontade de melhorar os seus níveis de conhecimentos e tenha curiosidade por novas aprendizagens, tornando-se assim mais instruído, mas também mais versátil ao longo do tempo.

Inteligência emocional e gosto pelo trabalho em equipa
A chamada inteligência emocional, aquela capacidade de criar e gerar empatia e interpretar as reações e sentimentos dos outros de forma correta (e melhor gerir as suas próprias emoções), é uma característica muito procurada, até porque promove o trabalho em equipa, fundamental para se alcançarem objetivos em comum, célere e eficazmente.

Domínio de outros idiomas
Conhecimentos básicos de inglês não bastam! As empresas têm cada vez mais consciência de que vivem numa aldeia global, onde é preferível contratar jovens que dominem o inglês e, se possível, tenham bons conhecimentos de francês e espanhol ou de italiano e alemão, entre outros idiomas.

Conhecimentos de TI
Independentemente do posto de trabalho a que se refere uma vaga, as empresas privilegiam candidatos com conhecimentos a nível de Tecnologias da Informação, já que a informática é crucial no ramo empresarial tecnológico, mas também é importante e transversal a todas as outras profissões, no desempenho diário de diferentes tarefas.

Adaptação à mudança
Adaptação a ferramentas digitais? Mais do que isso! As empresas procuram jovens profissionais capazes de abandonar hábitos antigos, detetar oportunidades e abraçar novas abordagens.

O que as empresas têm para oferecer?

Um ordenado? Pois claro que sim, mas hoje as empresas também oferecem mais condições para fomentar o bem-estar e qualidade de vida dos trabalhadores, e mais ferramentas para que cresçam pessoal e profissionalmente!

O objetivo mantém-se – aumentar a produtividade dos funcionários e em consequência, a rentabilidade do negócio – mas agora a maioria das organizações aposta numa hierarquia menos rígida, que aceite de bom grado a partilha de opiniões e que dê feedback constante.

As empresas no Algarve também investem em formação profissional e evitam a rotatividade que tem caracterizado os ambientes institucionais nos últimos anos, retendo talentos através de mais apoios sociais e oportunidades de crescimento, mas também da possibilidade de trabalho remoto e flexibilidade de horário, que permite agregar mais qualidade de vida.

Uma modalidade fomentada pela pandemia que tudo indica que será consolidada em contexto pós-Covid, trazendo benefícios para os trabalhadores que perdem menos tempo em deslocações para o emprego e ganham mais tempo com a família, por exemplo.

Em suma, num mercado de trabalho onde a tarefa atribuída hoje é para ontem, o bem-estar e a qualidade de vida dos trabalhadores são fatores essenciais, pelo menos em empresas com visão de futuro, que pretendam contribuir para um equilíbrio entre vida pessoal e profissional que, em última análise, traga felicidade e fomente a competitividade e produtividade do negócio.

E por falar em produtividade, aos jovens interessados em empreendedorismo e gestão financeira, aconselho a leitura do meu próximo artigo de opinião, onde serão abordadas as técnicas, tecnologias e preceitos que todo o empregador gostaria de ver num funcionário, bem como as dicas para todos os jovens que entendem (em seu pleno direito) que ser “empregado” não é a única solução para entrar no mercado de trabalho.

Até lá!

 

Autor: Luís Horta, professor de Informática no Agrupamento de Escolas João de Deus, é autor do seu website institucional e responsável pela comunicação externa do Agrupamento. 27 anos de experiência como docente no Ensino Secundário, 5 anos de experiência como docente no Ensino Superior, mais de 1000 horas de formação de adultos. Sócio Gerente da Webfarus Marketing Digital. 

 

 



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