Nova direção da Ordem dos Economistas no Algarve aposta na continuidade e na juventude

Tomada de posse dos novos órgãos sociais da delegação do Algarve da Ordem dos Economistas decorreu na sexta-feira

Foto: Hugo Rodrigues|Sul Informação

Continuar a ajudar a encontrar soluções para os problemas económico-sociais com que o Algarve se debate, ao mesmo tempo em que se aposta na juventude são as grandes bandeiras da nova direção da delegação regional da Ordem dos Economistas, que tomou posse na sexta-feira, 4 de Fevereiro, em Faro.

Luís Serra Coelho mantém-se como presidente da estrutura algarvia desta Ordem, mas há uma mudança na presidência da Assembleia Regional, que passa a ser de Maria José da Encarnação e substitui, no cargo, Calçada Correia, que não se recandidatou.

Em declarações ao Sul Informação, à margem da sessão, Luís Serra Coelho explicou quais são os grandes objetivos da sua direção para quadriénio 2022-2025.

«Os nossos principais objetivos são dois. O primeiro é continuar, no fundo, a consolidar a ideia de que a Ordem dos Economistas está presente e que tem algo a dizer à região e, também, a aprender com ela», disse.

O presidente da direção regional do Algarve da Ordem dos Economistas fala, mesmo, numa «relação simbiótica», cujo pano de fundo são «sempre as questões económico-sociais».

«No fundo, queremos continuar o caminho que temos feito de discussão, de trazer os problemas à colação e tentar arranjar soluções, que é tudo aquilo que já temos vindo a fazer», resumiu.

«O outro objetivo é continuar o trabalho de rejuvenescimento desta Ordem dos Economistas não só por uma questão de sobrevivência, mas também porque a malta mais nova traz ideias diferentes. Isso é muito bom quando temos problemas novos e que, eventualmente, eles têm mais capacidade para analisar e perceber», disse.

 

Luís Serra Coelho

 

Ainda assim, e apesar de a Ordem dos Economistas, a nível nacional, estar «muito envelhecida», a delegação do Algarve conta com muitos elementos jovens.

«Na delegação regional do Algarve, nós temos tido nos últimos anos uma adesão de jovens entre os 22 e os 27 anos. Apesar de não ter dados para dizer que é a que tem mais jovens a nível nacional, parece-me claramente que o nosso processo de rejuvenescimento é, talvez, mais acelerado do que noutros sítios do país», acredita Luís Serra Coelho.

A tomada de posse dos órgãos da delegação regional contou com a presença de António Mendonça, o novo Bastonário da Ordem dos Economistas, bem como Francisco Murteira Nabo, presidente da Mesa da Assembleia de Representantes da instituição, e José Apolinário, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve.

António Mendonça, antigo ministro socialista que venceu as eleições realizadas em Dezembro, derrotando nas urnas a lista apoiada pelo anterior bastonário, brincou com este facto, referindo que, no caso algarvio, «a continuidade é uma vantagem», porque «permitirá a Luís Coelho e à sua equipa continuar a fazer o bom trabalho que têm feito até agora».

 

Murteira Nabo, António Mendonça e José Apolinário

 

«A delegação regional do Algarve tem feito um trabalho notável sobre as questões ligadas ao turismo e para a resolução de alguns problemas», elogiou.

José Apolinário, por seu lado, lembrou que há 300 milhões de euros a caminho da região, para que o Algarve se diversifique e fortaleça a sua economia, além dos fundos do próximo quadro comunitário de apoio.

«Precisamos de apoiar as empresas algarvias, que estão descapitalizadas», defendeu.

Um objetivo para o qual a delegação regional da OE está disposta a dar o seu contributo, se solicitado.

«Nós, seguramente, estamos disponíveis para o diálogo. Há aqui duas vertentes. Uma é o normal apoio ao desenvolvimento da nossa economia, através daquilo que são os fundos tipicamente disponíveis. Mas temos aqui uma novidade, que tem a ver com dinheiro destinado à diversificação da base económica».

«Na primeira vertente, nós, provavelmente, não temos muito a dizer, na medida em que é algo que a CCDR já faz e faz bem. Já para a discussão sobre como é que se pode fazer a diversificação com bons efeitos para a região, aqui sim, teremos algum contributo a dar», rematou Luís Serra Coelho .

 

Fotos: Hugo Rodrigues|Sul Informação

 

 

 



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