Lacerda Sales diz que descida de casos e Rt são «bons indicadores» para adaptação de medidas

Governante esteve em Vilamoura

A diminuição dos casos de covid-19 e do índice de transmissibilidade são «bons indicadores» para uma adaptação das medidas de contenção da pandemia, nomeadamente do período de isolamento, disse esta sexta-feira, 4 de Fevereiro, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde.

«É importante dizer que têm vindo a baixar os números, comparativamente com os números da semana anterior, o índice de transmissibilidade (…) também tem vindo a diminuir, e, portanto, são bons indicadores, diria, para que possa vir a haver uma adaptação relativamente a esta evolução epidemiológica», disse António Lacerda Sales a jornalistas em Vilamoura, à margem da sessão de abertura do Congresso Português de Endocrinologia, que decorre até domingo.

Questionado sobre se está a ser ponderada a diminuição do período de isolamento para pessoas infetadas com covid-19, atualmente fixada em sete dias, o secretário de Estado respondeu que essa é uma decisão «técnica» e «que gradualmente e progressivamente se pode vir a adaptar» à evolução epidemiológica.

A incidência de infeções com o coronavírus SARS-CoV-2 em Portugal aumentou para 7.163,7 casos por 100 mil habitantes e o índice de transmissibilidade (Rt) voltou a baixar, para 1,05, segundo dados hoje divulgados pela Direção-Geral da Saúde (DGS).

Segundo o boletim diário sobre a evolução da pandemia de covid-19 em Portugal, o Rt – que estima o número de casos secundários de infeção resultantes de cada pessoa portadora do vírus – desceu de 1,09 a nível nacional, na quarta-feira, para 1,05, o mesmo acontecendo considerando apenas Portugal continental, onde baixou de 1,10 para 1,05.

António Lacerda Sales adiantou que, relativamente ao esperado alívio progressivo das restrições, o uso de máscara deveria ser das últimas medidas que cada um deveria aliviar.

«Por enquanto [o uso de máscara] ainda é importante, dada a incidência, dado o índice de transmissibilidade, continua a ser importante irmos mantendo máscara, nomeadamente, em espaços fechados ou com grandes aglomerados», advertiu.

Mas, «há de chegar o tempo em que ficará um pouco ao critério de cada um e à responsabilização individual de cada um» o uso de máscara, considerou Lacerda Sales, dizendo que o seu uso é uma das «grandes lições» desta pandemia e que deverá ser «das últimas medidas que cada um» deverá aliviar.

«Com certeza, num futuro a médio e longo prazo cada um dos grupos [de risco], ou cada uma das pessoas deverá, por iniciativa própria tomar essa decisão», sublinhou, referindo-se à população mais vulnerável, notando que se está a entrar «numa fase de transição para uma maior responsabilização individual».

 



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