A Região de Turismo do Algarve (RTA) quer que a TAP melhore as ligações, a partir do Aeroporto de Faro, para mercados como o Brasil ou os Estados Unidos da América, e que também aperfeiçoe a ligação Faro-Lisboa, já existente, mas, por vezes, com tempos de espera de quatro horas e meia.
Estes objetivos foram revelados por João Fernandes, presidente da RTA, numa mesa-redonda com o tema «Uma Realidade que Transforma, com contributos para o futuro de Portugal na área do turismo à luz da “Economia de Francisco”», promovida pelo núcleo algarvio da Associação Cristã de Empresários e Gestores, que teve lugar, esta sexta-feira, 14 de Janeiro, em Faro.
Nessa iniciativa, o tema TAP – que tanto tem sido falado nos últimos meses – não passou ao lado. O facto de a companhia aérea portuguesa quase não voar para Faro já é uma luta antiga e João Fernandes revelou o rumo que a RTA defende.
«A nossa estratégia é que a TAP melhore a conectividade com os mercados emissores para os quais nós não temos ponto-a-ponto, como Brasil, Estados Unidos, e outros pontos do Canadá, e que melhore a frequência Faro-Lisboa, para que tenhamos mais oportunidades de chegar a outros mercados», explicou.
Em relação à ligação Faro-Lisboa, João Fernandes considerou que é necessário reduzir o tempo de espera (por outros voos) no Aeroporto Humberto Delgado, na capital do país, para um «limite máximo de duas horas e meia».
Tudo isto, adiantou, «estava a ser negociado» e a RTA teve «várias reuniões com a anterior administração da TAP, com o ministro, com o secretário de Estado». Nesses encontros, garantiu, «ficou assente a nossa estratégia».
De resto, os dados de 2019, um ano recorde para o turismo, mostram o pouco impacto que a companhia aérea portuguesa tem no Aeroporto de Faro.
«Em 2019, a TAP representou 3% dos passageiros desembarcados na principal região turística e a mais internacionalizada do país. É isto que representa a TAP para o Algarve. Estamos a falar de ligações Lisboa-Faro, muitas delas promovendo um interface para os nossos mercados para os quais,, em grande parte, até temos ponto-a-ponto, como é o caso do Reino Unido», disse.
João Fernandes aludiu ainda às nove companhias aéreas, de bandeira, que atualmente voam para a região, como a Airfrance, Lufthansa ou a British Airways.
«Não estou a falar de companhias aéreas pequeninas, mas sim das maiores que voam para a Europa. Quanto à TAP, não contamos com ela», concluiu o presidente da RTA.
Veja e oiça aqui o debate, na íntegra:
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