PSD quer estratégia de habitação para o Algarve

«Os preços da habitação no Algarve estão alinhados com a procura turística o que torna impossível para muitos jovens algarvios sequer pensar em comprar a sua própria casa»

Os candidatos do PSD, pelo círculo eleitoral de Faro, às Legislativas de dia 30, querem que haja uma estratégia regional de habitação para o Algarve que contribua para «a fixação da população local» e atraia «novos residentes». 

O Algarve tem hoje as casas mais caras de Portugal, logo atrás da Área Metropolitana de Lisboa e mesmo acima da Área Metropolitana do Porto.

Os dados do Instituto Nacional de Estatística relativos ao terceiro trimestre de 2021 mostram que a renda mediana dos novos contratos de arrendamento, no Algarve, atingiu os 6,78 euros por metro quadrado (m2), mais 5,8% do que no mesmo período de 2020, e acima dos 6,08€/m2 médios praticados em Portugal.

«Os preços da habitação no Algarve estão alinhados com a procura turística o que torna impossível para muitos jovens algarvios sequer pensar em comprar a sua própria casa. Também as empresas algarvias estão condicionadas em empregar mais mão de obra, na medida em que os interessados nas suas ofertas de trabalho têm muita dificuldade em encontrar habitação adequada às suas disponibilidades financeiras», diz Luís Gomes, cabeça de lista do PSD.

Mesmo o arrendamento, defende, «está, na sua grande maioria, virado para o turismo».

«É preciso garantir que as dinâmicas imobiliárias não façam do Algarve uma região marcada por casas vazias durante a maior parte do ano. O Algarve deve ter uma oferta imobiliária diversificada, para compra e arrendamento, de modo que todos, sem exceção, encontrem opções à sua medida», considera.

A revisão dos Planos Diretores Municipais (PDM) é vista como «uma prioridade para os candidatos do PSD pelo Algarve».

«Precisamos de linhas de financiamento lançadas pelo Estado Central de forma que os municípios possam financiar a aquisição de solo para a construção de habitação a custos controlados ou desencadear iniciativas legislativas de forma a promover esses produtos inseridos no espaço urbano, impedindo, assim, a formação de guetos. Estes produtos financeiros têm de ser responsáveis, equilibrados e, acima de tudo, realistas. Não podemos continuar a aceitar os compromissos do Partido Socialista que, no âmbito do PRR, já aceitou mais propostas do que as verbas disponíveis. As denominadas gavetas financeiras cheias de nada. Além disso, já demonstrou que as promessas eleitorais não são para cumprir: é uma prática comum», conclui Luís Gomes.

 



Comentários

pub