O eurodeputado do PCP João Pimenta Lopes questionou a Comissão Europeia para saber se o Estado Português tinha acionado a mobilização de fundos comunitários com vista à disponibilização de apoios às populações afetadas pelo incêndio de Castro Marim.
Segundo o PCP, a comissária europeia Elisa Ferreira informou, em resposta ao eurodeputado, que «até à data, a Comissão ainda não recebeu, por parte de Portugal, nenhum pedido de assistência do Fundo de Solidariedade da União Europeia a título dos danos causados pelos incêndios florestais».
A «ausência de qualquer iniciativa» neste sentido por parte do Governo português «contrasta com as promessas realizadas no Verão passado de apoios às populações atingidas».
«Uma realidade que é também confirmada pelo facto de muitos dos que perderam bens nesse incêndio estarem até hoje à espera de qualquer apoio por parte do Estado», salienta.
O PCP chama a atenção que «neste incêndio se verificou a destruição de milhares de hectares de matos e florestas, de habitações, infraestruturas e equipamentos».
Esta é uma situação que, «dada a ausência de uma verdadeira política de prevenção dos incêndios florestais, inseparável de um maior investimento público, do apoio à promoção da atividade agrícola, de combate à desertificação dos territórios e promoção de um outro ordenamento florestal, se tem tornado numa rotina de Verão nas serras algarvias».
Para os comunistas, «é incompreensível que o Estado português não mobilize todos os recursos que estão disponíveis, incluindo fundos comunitários, para apoiar as populações» e reclama, «não apenas uma outra política para a floresta e o mundo rural, mas também medidas imediatas de apoio a quem foi vítima deste incêndio».
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