Legislativas2022: PS ganhou no Algarve mas esta foi a região onde obteve o 3º mais baixo resultado

As votações no Algarve, por partido, em relação ao todo nacional e por comparação com as restantes regiões

Eleições (foto de arquivo)

O Algarve foi a região de Portugal continental onde o PS obteve o seu 3º mais baixo resultado nas Eleições Legislativas deste domingo, dia 30 de Janeiro. No círculo de Faro, onde, apesar disso, os socialistas elegeram os mesmos 5 deputados que já tinham, o partido de António Costa conseguiu 39,87% dos votos.

Percentagens mais baixas só em Aveiro (34,48%) e Leiria (35,73%). Ainda assim, o PS foi o partido mais votado em todos os círculos eleitorais do país, à exceção da Madeira, onde ganhou o PSD, mas coligado com o CDS (39,83%).

Os círculos onde os socialistas alcançaram a melhor performance foram Castelo Branco (47,65%), Portalegre (47,21%) e Setúbal (45,73%).

O PS elegeu 117 deputados (mais 11 que em 2019) em todo o país (ainda sem contar com os dos círculos da emigração), dos quais 5 no Algarve. Obteve a maioria absoluta.

O PSD que, como se viu acima, só ganhou na Madeira e coligado com o CDS, foi o 2º partido mais votado a nível nacional em 18 dos 20 círculos eleitorais do país, incluindo Regiões Autónomas.

No Continente, só em Beja os social-democratas (15,94%) foram ultrapassados pela CDU no pódio das votações (18,42%).

Os distritos do Continente onde o PSD conseguiu maior percentagem de votos foram Bragança (40,28%), logo seguida a curta distância por Vila Real (40,01%) e depois por Viseu (36,81%).

Aqueles onde conseguiu as percentagens mais baixas foram Beja (15,94%), Setúbal (16,15%) e Lisboa (24,16%).

No Algarve, o PSD alcançou 24,35% dos sufrágios, tendo conseguido manter o mesmo número de deputados que já tinha antes (3).

O PSD elegeu 71 deputados (menos 6 que em 2019) em todo o país (ainda sem contar com os dos círculos da emigração), dos quais 3 no Algarve.

O CHEGA foi o 3º partido mais votado no país (7,15%) e repetiu essa proeza em 18 dos 20 círculos eleitorais.

As exceções foram a Madeira, onde o CH foi ultrapassado pelo partido regional JPP (6,86%) e Lisboa, onde a Iniciativa Liberal de Cotrim Figueiredo teve 7,9%, um pouco mais que os 7,77% do partido de André Ventura. Elegeu, no total, 12 deputados, um dos quais no Algarve.

O Bloco de Esquerda perdeu o seu único deputado no Algarve, ao ficar-se por uma votação de 5,76% na região, sendo a 4ª força mais votada pelos algarvios. Mesmo assim, tratou-se da melhor performance do Bloco a nível nacional, onde foi 5º (depois de PS, PSD, CH e IL), com 4,46%.

A pior votação do BE foi em Bragança (2,09%). Perdeu 14 deputados, passando de 19 nas Legislativas de 2019, para 6 agora.

A 5ª força política nas preferências dos eleitores algarvios foi a CDU, com 4,81% dos sufrágios. Mais uma vez, um resultado melhor no Algarve que a nível nacional, onde os comunistas ficaram em 6º.

A melhor votação da Coligação foi obtida em Beja, onde foi a 2ª força mais votada, com 18,42%. Seguiram-se Évora, onde os 14,56% dos votos não foram suficientes para eleger o seu cabeça de lista (e ex líder parlamentar) João Oliveira, e Setúbal (10,05%). O pior resultado da CDU deu-se em Bragança (1,36%).

A CDU reduziu a metade a sua representação parlamentar, passando de 12 para 6 deputados.

A Iniciativa Liberal, 6ª classificada no Algarve, foi uma das grandes vencedoras da noite. Passou de 1 deputado eleito em 2019, para 8 nestas Eleições Legislativas (4,98%).

No Algarve, obteve apenas 4,64% dos votos, mas em Lisboa, onde foi mesmo a 3ª força, alcançou 7,9% dos votos (melhor resultado em todo o país). Os piores foram em Bragança (1,60%) e Vila Real (1,80%).

O PAN Pessoas Animais Natureza, 7º partido nas preferências dos algarvios (2,16%), conseguiu na nossa região não só um ranking mais alto que a nível nacional (onde foi 8º), como uma percentagem também mais elevada (foi de 1,53% em todo o país).

Apenas conseguiu eleger, por Lisboa, a sua líder como deputada, passando de 4 para 1 parlamentar.

O LIVRE, que teve em Lisboa, onde elegeu 1 deputado, o seu melhor resultado (2,44%), foi o 8º mais votado no Algarve, com 1.08%.

Finalmente, dos partidos que elegeram ou costumavam eleger deputados, resta falar do CDS, que desapareceu do mapa parlamentar, ao não conseguir eleger um único deputado.

É a primeira vez que tal aconteceu na história deste partido fundador da Democracia portuguesa atual. A nível nacional, o CDS obteve 1,61% dos votos dos portugueses, ainda assim um pouco mais que os 1.08% alcançados no Algarve.

 

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