A requalificação da Alameda João de Deus, um dos principais espaços verdes da cidade de Faro, está «na fase final». «Dentro de um mês», a obra estará concluída e o jardim «será devolvido aos farenses, entre Março e Abril», garantiu esta sexta-feira, dia 28, o presidente da Câmara, numa visita às obras.
Rogério Bacalhau falava aos jornalistas em plena Alameda João de Deus, ainda com obras a decorrer, durante uma manhã de visitas a várias obras públicas, que contam com investimentos municipais, no concelho de Faro.
A Alameda João de Deus, um dos pulmões verdes da cidade farense, «há décadas que não tinha uma requalificação e havia já aqui uma grande necessidade», disse o presidente da Câmara de Faro.
O edil afirmou que, «esta obra visa isso mesmo: uma intervenção global, de fundo, ao Jardim da Alameda», para que o «possamos devolver em melhores condições aos nossos munícipes».
A iniciativa de requalificação deste espaço começou em 2017/2018, «depois de muita discussão entre os vereadores e os serviços».
«Havia a necessidade de se arranjar os caminhos, a parte elétrica e conservar o arvoredo. Em suma, arranjar e fazer a manutenção a uma série de coisas. Daí a ideia de fazer uma intervenção global e não apenas pequenos remendos no Jardim da Alameda», explicou Rogério Bacalhau.

O projeto foi idealizado para que a Alameda João de Deus «avance no futuro, deixando as memórias do passado», adiantou José Brito, arquiteto paisagista do município.
Chamado para fazer um ponto de situação das obras, o arquiteto adiantou que a intervenção «está a ser finalizada», faltando apenas «a conclusão de alguns dos percursos do jardim, a colocação do pavimento no polidesportivo e noutros espaços», bem como «outros retoques e correções na circulação de água».
«Já foram melhorados alguns dos pavimentos e percursos de circulação pedonal, alterados e reformulados os sistemas de iluminação e de circulação de água e foram edificadas novas casas de banho e áreas de serviço públicas».
Foi ainda criado um parque geriátrico, «com vários equipamentos e com capacidade para ser aumentado», bem como melhorado o parque infantil, com uma zona para pequenas festas e onde os pais e as crianças podem estar.
Parte do jardim, ao lado da Biblioteca Municipal de Faro, foi ainda requalificada, dando lugar a um pequeno espaço multiusos que vai «poder ser utilizado pela Biblioteca para pequenos eventos que queira realizar ao ar livre», explicou José Brito.
O pequeno balneário que existe no Jardim da Alameda está também a ser reabilitado, estando previsto que venha a dar lugar a uma cafetaria com esplanada, enquanto o rinque de patinagem, que vai assumir a forma de uma plataforma multifuncional, está em fase de conclusão e estará pronto na próxima semana.
Quanto ao edifício do Chalet, «a precisar de uma intervenção», ficou a possibilidade, avançada por Rogério Bacalhau, de ainda «vir a ser reabilitado» para que possa «receber algumas pequenas exposições».

No que toca às árvores e plantas que compõem a vegetação do jardim, e que estiveram envoltas em polémica devido à forma como algumas árvores foram podadas, o edil esclareceu que os arquitetos paisagistas tentaram manter o máximo da vegetação que já existia.
«As árvores que se abateu não tinham condições de estabilidade», havendo o risco de, com a podridão de alguns troncos, «haver queda de árvores e isso causar acidentes». Foram também abatidas «árvores que estavam secas», explicou.
José Brito acrescentou que «tentámos manter o máximo das árvores, mas há algumas que foram, nos últimos anos, maltratadas e que, passado algum tempo, vão entrar em colapso e terão de ser abatidas».
Por isso, o projeto tem em vista a replantação e rearborização a pensar no futuro. «Há um planeamento: estamos a plantar, por exemplo, alguns plátanos, para que, daqui a uns 10 a 15 anos, possamos substituir aqueles que temos no jardim, por esses novos», realçou o arquiteto paisagista municipal.

Para que a Alameda João de Deus tenha a devida manutenção, porque este é, segundo Rogério Bacalhau, um “edifício vivo”, «tivemos logo o cuidado de pedir um plano de manutenção que vamos depois pôr em prática», de modo a que, «daqui a um ano, dois ou três, não exista a necessidade de fazer outra grande intervenção».
Quanto a todo o processo da obra, adjudicada à empresa Martins Gago & Filhos, Lda., tem sido «bastante complexo», salientou Armando Gago, engenheiro responsável.
«Esta intervenção tem sido condicionada pela pandemia, com o atraso na entrega de materiais, bem como pela falta de mão de obra, devido a termos tido pessoas doentes com Covid-19, em casa», explicou.
A terminar a visita à obra, o edil Rogério Bacalhau mostrou-se confiante com a finalização da requalificação do espaço e concluiu dizendo que esta obra «é uma das mais desejadas pelos munícipes», esperando que «um dia destes estejamos aqui para abrir e devolver este Jardim da Alameda aos farenses».
Fotos: Rúben Bento | Sul Informação
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