Internamentos nos hospitais e óbitos por Covid-19 mantêm-se muito abaixo dos números de há um ano

Há agora um número de casos oito vezes maior, mas isso não se traduz num aumento proporcional de mortes ou de internamentos

Os novos casos de Covid-19 continuam a aumentar de forma muito significativa, em todo o país, mas os óbitos e os internamentos causados pela doença mantêm-se em níveis muito abaixo dos que se verificavam há um ano. Essa é a conclusão que se pode tirar do boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde desta terça-feira, dia 4 de Janeiro, que acaba de ser divulgado.

Assim, os dados da DGS indicam que há mais 25.836 casos novos de Covid-19 a registar (a 4 de Janeiro de 2021 eram 3.384), dos quais mais 653 no Algarve (133 há um ano).

Só que este aumento no número de infeções (que resulta da maior transmissibilidade da variante Ómicron, mas também da forte aposta na testagem) não se traduz num acréscimo de óbitos ou doentes nos hos+pitais, antes pelo contrário. Aliás, segundo os dados da DGS, registam-se 15 novos óbitos (foram 73 há um ano, particamente cinco vezes mais) em todo o país, enquanto há agora 1203 pessoas internadas nos hospitais nacionais, devido ao novo coronavírus, cifra que ascendia a 3044 (quase três vezes mais) em 4 de Janeiro do ano passado.

Por outro lado, há agora 147 doentes em Cuidados Intensivos, sendo que eram 500 há um ano (quase 3,5 vezes mais).

Ou seja, há agora um número de casos oito vezes maior, mas isso não se traduz num aumento proporcional de mortes ou de internamentos. Segundo os especialistas, a chave para estes dados animadores está nos altos níveis de vacinação.

Dos 25.836 casos novos de Covid-19 assinalados no boletim de hoje, a esmagadora maioria ocorre nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo (+10 831) e do Norte (+8 848), seguindo-se a região Centro (+3 322), Madeira (+1 322), Algarve (+653), Alentejo (+641) e Açores (+219).

Quanto aos óbitos, 5 deram-se em Lisboa e Vale do Tejo, outros tantos no Centro, 3 foram no Norte e os restantes 2 no Algarve.

Apesar do grande número de novas infeções, houve, em sentido contrário, também uma cifra elevada de doentes recuperados em 24 horas (+19 931). Isso fez com que os casos ativos, apesar de terem subido (são agora 213 749 no total), não o tenham feito de forma tão acentuada como em dias anteriores (+5 890).

A matriz de risco, que foi ontem atualizada, indica uma incidência de 1805,2 casos de infeção por 100 mil habitantes, a nível nacional, e de 1817,3, excluindo as ilhas.

O R(t), índice de transmissibilidade, está em 1,43, tanto a nível nacional, como em Portugal Continental.

 

 

 

 



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