Comemorações do Centenário da Primeira Travessia Aérea do Atlântico Sul começam amanhã

Gago Coutinho era algarvio

O avião «Lusitânia», à partida de Lisboa

O Pavilhão das Galeotas, no Museu de Marinha, em Belém, recebe amanhã, terça-feira, dia 11 de janeiro, pelas 16h00, a cerimónia que marca o arranque das celebrações do centenário da Primeira Travessia Aérea do Atlântico Sul, feito alcançado por Sacadura Cabral e Gago Coutinho.

Carlos Viegas Gago Coutinho, que foi o navegador da travessia, era algarvio, já que nasceu em São Brás de Alportel, em 17 de fevereiro de 1869, embora tenha depois sido registado em Belém, Lisboa.

No evento, organizado pela Marinha e pela Força Aérea – que criaram para o efeito uma Comissão Aeronaval para as Comemorações – será apresentado o plano de comemorações da efeméride, bem como o lançamento do livro “A Enigmática Travessia do Atlântico Sul, 1922” de autoria de Marco Pitt, a inauguração da exposição itinerante e diversas intervenções.​

A cerimónia contará, entre outras, com as presenças do Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, almirante António Silva Ribeiro, do Chefe do Estado-Maior da Armada, almirante Henrique Gouveia e Melo, e do Chefe do Estado-Maior da Força Aérea, general Joaquim Nunes Borrego.

Sacadura Cabral e Gago Coutinho partiram de Lisboa a 30 de março de 1922, mas a viagem não foi tranquila e só chegaram ao Rio de Janeiro, no Brasil, a 17 de junho. Ao longo do percurso, perderam o Lusitânia, o avião com  que partiram de Lisboa, e mais outro aparelho.

A viagem permitiu a primeira ligação aérea entre Lisboa e o Rio de Janeiro, mas também o teste de aparelhos de navegação que marcaram a história da aviação, provando que era possível realizar voos de grande distância com precisão, utilizando um novo tipo de sextante inventado por Gago Coutinho.

Na travessia, foram percorridas mais e 4.500 milhas marítimas e à chegada a São Paulo os navegadores foram acolhidos como heróis.

 



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