Ómicron será responsável por 80% dos casos de Covid-19 em Portugal no final do ano

Anunciou Marta Temido

Imagem de arquivo

A variante Ómicron da Covid-19 é já responsável por 20% dos casos da doença em Portugal e deverá atingir uma prevalência de 50% no Natal e de 80% até final do ano, anunciou Marta Temido, ministra da Saúde, numa conferência de imprensa de balanço da situação epidemiológica em Portugal.

A ministra apontou a variante Ómicron como «uma nova dificuldade» e avisou que «todos temos de estar preparados para fazer mais» no combate à propagação da doença.

Isso passa, diz, por «mais uso de máscara, mais testes, mais vacinação, mais controlo de fronteiras».

Marta Temido foi acompanhada na conferência de imprensa por João Paulo Gomes e Baltazar Nunes, investigadores do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), que explicaram que, ao que tudo indica, esta variante é mais infecciosa que a Delta.

Os estudos já existentes também indicam que a Ómicron consegue contornar melhor a imunidade conferida pelas vacinas ou pelos anticorpos de quem já teve a doença.

Desta forma, a perspetiva é que, nas próximas semanas, haja «muitos casos, mesmo que a maioria tenha menor gravidade» que «originarão maior volume de pessoas com necessidade de internamento e eventuais óbitos».

Para já, a pressão sobre os hospitais mantém-se estável, o que não impediu todas as regiões de saúde de fazer «contactos com o setor privado e social e com unidades militares», para acautelar um eventual reforço da capacidade de resposta.

«Tínhamos já, na semana passada, contratadas mais de 400 camas, e as Administrações Regionais de Saúde tinham já celebrado 38 acordos para o encaminhamento de utentes Covid e não Covid”, revelou Marta Temido.

«Temos de estar preparados para este efeito que imaginamos que seja o que vai acontecer. Muitos mais casos, embora a maioria deles com menor gravidade, tenderão a trazer um maior afluxo aos serviços. Temos de estar atentos», concluiu.

 

 

 



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