Descarrilamento em Olhão foi provocado por parafuso no carril

Assunto será entregue às autoridades judiciárias competentes

Foto: Fabiana Saboya | Sul Informação (Arquivo)

O descarrilamento de um comboio na Linha do Algarve, que teve lugar esta segunda feira, 6 de Dezembro, entre Fuseta e Olhão, terá sido causado por um parafuso colocado em cima do carril.

Segundo o jornal Público, «tudo indica que o objeto, usado na infraestrutura de via, foi colocado em cima da linha de propósito, excluindo-se que ali estivesse por motivo acidental».

Caso se confirme que não havia nenhuma anomalia na via nem no material circulante, caberá às autoridades policiais investigar as causas do acidente.

«O parafuso estava colocado à entrada de uma curva, num troço da via em que a velocidade máxima era de 90 km/h. A automotora era composta por duas carruagens, sendo uma a unidade motora e a outra o reboque. Era esta última (mais leve por não ter motores instalados) que vinha na dianteira e que descarrilou, ficando o bogie (conjunto de quatro rodados) completamente fora dos carris», explica o Público.

O descarrilamento não provocou feridos, não tendo também sido necessário prestar socorro aos passageiros. A Linha do Algarve chegou a estar cortada à circulação de comboios e apenas ficou desimpedida na madrugada desta quarta-feira, «depois de um comboio socorro ter ido de Campolide para recolocar a automotora nos carris».

Em comunicado, o GPIAAF (Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e Acidentes Ferroviários) diz que, «após ter reunido a informação necessária, decidiu não haver lugar à abertura de investigação no quadro das suas competências legais, por se ter constatado que o descarrilamento resultou diretamente de intervenção externa ao sistema ferroviário, ficando o assunto entregue às autoridades judiciárias competentes».



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