A diretora-geral da Saúde apelou hoje, 31 de Dezembro, aos pais para autoagendarem a vacinação dos seus filhos entre 6 e 9 de Janeiro, período em que os centros de vacinação Covid-19 estarão dedicados às crianças, para evitar esperas e ansiedade desnecessárias.
Nesse período, que começa no Dia de Reis, todos os centros de vacinação vão estar «inteiramente dedicados à vacinação das crianças entre os 5 e os 11 anos», para ser «um processo controlado de afluência normal» a estes espaços, afirmou Graça Freitas, em declarações à agência Lusa.
Na véspera do Ano Novo, a diretora-geral da Saúde quis deixar uma mensagem aos pais ou familiares das crianças para que as vacinem, realçando que «vacinar é proteger».
«Eu quero muito recordar aos pais que tem sido um privilégio durante dezenas de anos a confiança que têm tido na vacinação em Portugal e nas recomendações que nós temos feito sobre a vacinação», disse.
Graça Freitas observou que em Portugal quase todas as crianças, adultos e jovens se vacinam, «independentemente das suas características, da sua condição social, da sua nacionalidade», uma estratégia que tem dado «bons resultados» porque a maior parte das doenças para as quais foram vacinadas foram eliminadas no país.
«Não temos mesmo casos, a não ser por importação, e quando não eliminamos, controlamos ao mínimo, mínimo possível de casos», afirmou, vincando que isto «é um bom exemplo» dos benefícios da vacinação.
Segundo a diretora-geral da Saúde, a vacinação «tem muitas vantagens para o próprio», porque evita a doença, e a infeção natural pelo vírus é sempre um fenómeno que não se controla.
«Nunca sabemos quem é que vai ter uma complicação, quem é que pode ir para o hospital, é sempre uma incógnita. Se temos uma vacina que simula a infeção natural, mas que controla os riscos e as reações, então, usemos essa vacina», vincou.
Graça Freitas reafirmou que a vacina contra a Covid-19 «é eficaz, é segura e tem qualidade», tendo já dado «provas disso», reforçando por isso o apelo aos pais para aderirem ao processo de vacinação e fazerem o autoagendamento, «para haver algum controlo na afluência aos centros de vacinação, sem esperas desnecessárias, sem ansiedade desnecessária».
Segundo Graça Freitas, já há pais a fazer o autoagendamento, mas o apelo é para que «o façam ainda mais» porque há capacidade e vacinas suficientes para vacinar todas as crianças dos 5 aos 11 anos.
«São processos muito amigáveis, os enfermeiros e todo o pessoal que lá estão [nos centros de vacinação] são extraordinários, conseguem tratar as crianças com uma delicadeza e uma humanização muito grande», comentou.
Por outro lado, disse, «a injeção não dói, as reações adversas são muito raras e ligeiras e autolimitadas».
«É um processo seguro e um processo eficaz e é um processo que confere proteção contra uma doença que apesar de tudo para algumas pessoas pode ser grave, o que nós não queremos de todos. Nós queremos é que as pessoas se protejam», rematou Graça Freitas.
Este será o segundo período destinado exclusivamente à vacinação de menores, depois de mais de 95 mil crianças entre os 9 e os 11 anos terem recebido a primeira dose da vacina pediátrica da Pfizer no fim de semana de 18 e 19 deste mês.
Segundo o planeamento da task force, a vacinação da segunda dose para as crianças abaixo dos 12 anos deverá acontecer entre os dias 5 de Fevereiro e 13 de Março.
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