Costa diz que medidas nas fronteiras deverão manter-se após 9 de Janeiro

«Esta variante [Ómicron] está a difundir-se muito intensamente na Europa, e também em Portugal, e não vamos poder desarmar»

A obrigatoriedade de apresentação de um teste negativo à covid-19 para entrar em Portugal deverá manter-se após 9 de Janeiro, disse esta quinta-feira, 16 de Dezembro, em Bruxelas, o primeiro-ministro, admitindo mesmo um reforço das medidas de prevenção.

«Se é possível antecipar o que vai ser a evolução [da pandemia], podemos prever que a partir de 9 de Janeiro nós vamos ter que manter medidas de controlo das fronteiras», disse António Costa, em declarações è entrada para o Conselho Europeu.

«A 9 de Janeiro, vamos seguramente prorrogar porque não estaremos em condições de poder retirar essas medidas», estimou o primeiro-ministro.

«Esta variante [Ómicron] está a difundir-se muito intensamente na Europa, e também em Portugal, e não vamos poder desarmar, vamos ter que manter ou mesmo reforçar, se for necessário», referiu ainda.

O primeiro-ministro defendeu também que tem que estar preparado «para adotar qualquer medida que venha a ser necessária», com a rapidez necessária para aumentar a prevenção de um risco de escalada na Covid-19.

António Costa disse ainda esperar que a semana entre 2 e 9 de Janeiro «seja mesmo de contenção», apelando à cautela e compreensão dos portugueses.

Com esta nova variante, referiu, todos os países estão a registar um aumento significativo de casos, adiantando que, «em Portugal, também e é necessário reforçarmos todas as medidas, para já de autoproteção – uso de máscara, de gel e testagem, testagem, testagem».

«Estamos perto do Natal, as famílias vão reunir-se e reafirmo aqui o apelo que tenho feito para que, antes de se reunirem, façam pelo menos um autoteste», referiu ainda.

Os chefes de Estado e de Governo da União Europeia celebram hoje em Bruxelas a última cimeira do ano, marcada pela situação geopolítica tensa a Leste, e que assinala a estreia do novo chanceler alemão.

A agenda deste Conselho Europeu volta ainda a ser consagrada ao combate à pandemia da Covid-19, tema incontornável há quase dois anos e ‘reavivado’ com o surgimento da nova variante Ómicron, com os líderes dos 27 a discutirem ainda os preços da Energia, a futura política de segurança e defesa da União e os preparativos da cimeira com a União Africana, prevista para o início de 2022.

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