Catarina Martins, coordenadora nacional do Bloco de Esquerda, participou este sábado, 11 de Dezembro, num comício de arranque da pré-campanha eleitoral, que decorreu em Lagoa, e contou com a presença de José Gusmão, cabeça de lista pelo Algarve.
O atual eurodeputado iniciou a sua intervenção indicando que o Algarve, em 2019, tinha, a nível nacional, o salário médio mensal mais baixo, era a segunda região do País com o maior PIB per/capita e possuía a taxa de risco de pobreza mais alta em Portugal.
José Gusmão sublinhou «a importância de criar na região uma economia sustentável que dure todo o ano, eliminando a sazonalidade do turismo, cujo setor económico é maioritário na região».
Outro aspeto apontado foi o ambiente, «podendo ser aproveitado todo o potencial na área das energias renováveis que o Algarve apresenta, mas também importa, nesta vertente, combater rapidamente a escassez de água na região».
Assim, no Algarve, na opinião de José Gusmão, «importa melhorar as condições de trabalho, nomeadamente as leis laborais, os salários e as pensões pagas, a par da criação de habitação acessível, conjugado com a melhoria da prestação dos cuidados de Saúde e dos transportes públicos e a diversificação económica».
João Vasconcelos, mandatário da candidatura e cabeça de lista pelo BE nas últimas Legislativas, elencou os objetivos do Bloco para o Algarve nas próximas legislativas, vincando a importância de voltar a eleger um ou mais deputados.
Acusou mesmo «o PS e a direita PSD/CDS de se assumirem na Assembleia da República como autênticas forças de bloqueio ao desenvolvimento do Algarve».
Por fim, Catarina Martins abordou os desvios «de capitais para as offshores, com o grave prejuízo para o País, algo que é elaborado pelos grandes escritórios de advogados e que, após todos os escândalos, demonstram a fuga permanente e os crimes que escondem, devendo o País perseguir e capturar esses imensos volumes de dinheiro desviado, que só no passado ano, em Portugal, correspondeu a 1300 milhões de euros».
A coordenadora do BE salientou a «necessidade de criar um novo ciclo para Portugal , com melhor Saúde, melhor Educação, integrado maioritariamente no setor público, reforçando e valorizando as carreiras dos seus profissionais».
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