Árvores «mortas ou doentes» que forem arrancadas da Mata do Liceu serão substituídas

Câmara de Faro veio prestar um esclarecimento na «sequência de várias publicações e opiniões»

As árvores «mortas ou doentes» que serão abatidas durante a empreitada de requalificação da Mata do Liceu, em Faro, vão ser substituídas por outra novas, anunciou hoje a Câmara farense.

A autarquia veio a público «prestar um conjunto de esclarecimentos referentes à empreitada de requalificação da Mata do Liceu», na «sequência de várias publicações e opiniões» que foram veiculadas sobre a obra, que já está em curso.

Em Outubro, a associação Glocal Faro já havia apelado que fosse mantido o maior número possível de árvores, alegando que o projeto prevê que a mata fique com menos 168 árvores.

Hoje, a Câmara de Faro assegurou que a empreitada «conta com parecer do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas» e «respeita as melhores práticas de intervenção e todos os abates de árvores estão justificados, nomeadamente por razões de segurança dos seus utentes, entre os quais crianças e jovens».

No que toca ao parecer do ICNF, foi solicitado «tendo em conta os evidentes sinais de degradação deste espaço icónico da cidade e antecipando o início da empreitada».

O relatório que foi emitido pela entidade «atesta as deficientes condições fitossanitárias do espaço, salientando que a vulnerabilidade das espécies existentes (maioritariamente pinheiros, ciprestes, eucaliptos e casuarinas) poderá ser resultado de um efeito combinado de sobrepovoamento, compactação dos solos (pisoteio) e défice hídrico (zona alta sem rega)», descreve a Câmara de Faro.

No mesmo parecer, «o ICNF recomenda, entre outras ações, o corte “das árvores mortas e doentes”, “podas de rejuvenescimento”, e “substituição de arvoredo”».

Ou seja, a posição do ICNF «veio confirmar assim o diagnóstico que já tinha sido efetuado pela equipa técnica responsável, que considerou que as questões fitossanitárias e o risco de queda iminente de ramos ou árvores – numa zona de intensa circulação pedonal e nas imediações de vários estabelecimentos escolares – justificariam o abate e poda de alguns exemplares de árvores mortas ou doentes».

«Importa, porém, esclarecer que, de acordo com o projeto e em conformidade com as sugestões do ICNF, serão plantadas novas árvores em substituição das abatidas, sendo algumas autóctones e outras de crescimento mais rápido mas com elevada resistência a pragas», assegurou a autarquia.

«Neste âmbito, haverá uma forte aposta nas árvores folhosas, de modo a incrementar a deposição de matéria orgânica no solo. O arvoredo será ainda complementado com plantações ao nível arbustivo e subarbustivo que diminuirão o pisoteio do espaço fora dos trilhos e beneficiarão das condições do solo», acrsecentou.

Estas opções do projeto que está já a ser implementado «são adequadas» e «a intervenção em curso melhorará significativamente aquele importante espaço verde da cidade, nomeadamente em termos de bem-estar e segurança dos seus utentes, introduzindo novos espaço âncora, como uma área de street workout ou arborismo, além da recriação de outros espaços já existentes, como o parque infantil, o parque geriátrico ou o anfiteatro».

 

 



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