Loulé recordou vítimas da Grande Guerra na sede do Núcleo da Liga dos Combatentes

Cerimónia decorreu na manhã desta quinta-feira, 11 de Novembro

O município de Loulé recordou os louletanos vítimas da Grande Guerra na manhã desta quinta-feira, 11 de Novembro, nas comemorações do 103º aniversário do Armistício, que decorreram na sede do Núcleo louletano da Liga dos Combatentes.

A 11 de novembro de 1918 foi celebrado o Armistício que pôs fim à I Guerra Mundial e, à semelhança dos anos anteriores, «decorreu a cerimónia anual comemorativa da data, com a exaltação do papel dos soldados louletanos que tombaram em combate no conflito que assolou a Europa e o mundo entre 1914 e 1918», começa por dizer a autarquia louletana.

Ao momento do hastear da Bandeira na sede do núcleo de Loulé da Liga dos Combatentes, na Avenida José da Costa Mealha, repetido em frente aos Paços do Concelho, seguiu-se o gesto simbólico de deposição de flores em homenagem aos combatentes falecidos no campo de batalha.

Após os discursos, foi entregue a medalha comemorativa das campanhas das forças armadas portuguesas aos antigos combatentes da guerra do Ultramar.

A cerimónia terminou com a romaria ao Monumento do Combatente, no Largo Bartolomeu Dias, em Loulé.

 

 

«Assinalar o 103º aniversário do Armistício é relembrar uma data cuja importância e significado não tem fronteiras, nem nacionalidades», realça Vítor Aleixo, presidente da Câmara de Loulé.

«É homenagear os combatentes, e neste caso, os muitos louletanos (pais, filhos, netos, irmãos) que com o sacrifício da própria vida, no cumprimento do dever, e ao serviço de Portugal, tombaram no campo de batalha, assim como os que sofreram atrozmente as loucuras da guerra e que, por isso, merecem de todos nós a memória e o respeito», destaca o autarca.

O município recorda ainda que, tal como aconteceu de uma forma geral em todo o país, «muitos foram os louletanos que perderam a vida, nas frentes de batalha, no Nordeste Europeu, na Flandres, e em África, no Sul de Angola e Norte de Moçambique, mas principalmente no mais sangrento momento para as tropas nacionais: a Batalha de La Lys».

Manuel Costeira, responsável em Loulé da Liga dos Combatentes, frisa a importância de comemorar a paz e de evitar a todo o custo a guerra. «A paz evoca-se e comemora-se. A guerra odeia-se e deplora-se», considera.

Vítor Aleixo aponta ainda algumas questões que hoje em dia ameaçam a paz como «os movimentos nacionalistas, o militarismo, o preconceito, o xenofobismo, o racismo e as exclusões sociais» e diz ser fundamental encontrar nos momentos passados a lição para que os mesmos erros não voltem a ser cometidos.

«Homenagear as vítimas da loucura da Humanidade durante esse período negro da nossa civilização é não permitir que a história se repita», sublinha ainda o edil de Loulé.

 



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