Lagos: Walk & Art Fest voltou a encher Barão de São João com caminhantes à procura de arte

Festival regressa em 2022, estando já na agenda e no itinerário dos amantes da natureza e da expressão criativa

Foto: Carlos Afonso | CM Lagos

O Walk & Art Fest voltou a receber caminhantes de mochila às costas, entre 5 e 7 de Novembro, na União de Freguesias de Bensafrim e Barão de São João, em Lagos, num evento com cerca de 700 participantes e com um programa diversificado de 81 atividades, entre caminhadas, passeios temáticos, percursos de BTT, workshops, sessões para crianças, a pintura de um mural, o visionamento de documentário e até um concerto.

Depois da edição de 2020 «ter corrido de forma atípica, com participação mais limitada devido às restrições da pandemia», o festival voltou, «crescendo em público e em repercussão», começa por dizer a organização.

Este ano registou-se um aumento da participação de famílias e, apesar de ter havido um reforço das atividades para crianças, a grande maioria esgotou.

Também o aumento da multiculturalidade dos participantes «foi notório», tendo sido verificado pela organização, «a adesão de muitos estrangeiros residentes mas também de turistas», com destaque «para os vários participantes residentes fora do Algarve que se deslocaram propositadamente ao festival».

 

Foto: Carlos Afonso | CM Lagos

 

Um dos pontos altos do evento voltou a ser a instalação artística, este ano com o tema “Contraciclo”, mas metade das 81 atividades previstas esgotaram, registando-se «um total de cerca de 1300 inscrições, o que significa que muitos visitantes aproveitaram a diversidade da oferta e inscreveram-se em mais do que uma atividade», realça a organização.

O concerto de Tiago Saga foi outro dos pontos altos deste evento em que o músico, que tem raízes no concelho de Lagos, «criou um ambiente de verdadeira festa, cantou dois temas “em algarvio” e, numa atuação que começou em registo mais intimista, terminou com o público a dançar em frente ao palco do Centro Cultural de Barão de São João».

Nesta edição os visitantes tiveram a oportunidade de fazer uma visita à instalação artística na companhia de alguns dos artistas que a criaram e ficar a saber mais sobre o processo criativo de cada uma das peças, sendo que «este envolvimento da comunidade criativa local é também uma das características que tornam este festival único», salienta.

 

Foto: Carlos Afonso | CM Lagos

 

O artista Jorge Pereira promoveu um dos momentos mais participativos através da pintura de mural que fez numa parede exterior do Centro Cultural. Os visitantes puderam também colaborar, deixando uma marca do festival no espaço.

Este ano algumas das caminhadas foram marcadas por intervenções de artistas parceiros que, para além de surpreender os participantes, «reforçaram a ligação íntima entre arte e natureza a que este festival procura dar expressão», salienta a organização.

Houve também espaço para os artesãos locais darem a conhecer os seus produtos e para os visitantes provarem um doce ou apenas comprarem uma recordação.

O bar do Centro Cultural acabou por ser o ponto de encontro e convívio entre todos os visitantes, que «aproveitaram sobretudo a esplanada e o calor do sol», tendo funcionado como um espaço de confraternização e partilha ao longo dos três dias.

Para Hugo Pereira, presidente da Câmara de Lagos, «o Walk & Art Fest é um evento diferenciador, já consolidado, que promove não só os valores ambientais mas também os culturais e patrimoniais do território interior do município. Este festival complementa, sem dúvida, a oferta turística fora da época alta da região. O espírito que anima este evento é de facto contagiante».

«Os participantes que voltam todos os anos e que trazem novos amigos ou familiares comprovam isso mesmo e este ano fica marcado pela presença de muitos que vieram um pouco de todo o país mas não só. O evento está a começar a despertar o interesse de turistas internacionais», realça o autarca.

 

Foto: Carlos Afonso | CM Lagos

 

Anabela Santos, da Associação Almargem, entidade que coorganiza este evento, afirma que «este é, desde o primeiro ano, um festival muito especial».

«Houve várias pessoas que nos felicitaram por todos os anos conseguirmos apresentar um programa tão vasto e diversificado, sempre com atividades novas. Não há melhor incentivo do que este para continuarmos. Não podemos deixar de agradecer a todos os participantes, já que é para eles que este evento é delineado. Mas obviamente é imperativo agradecer a todos os artistas, pois é também o seu festival e sem eles nunca teria sido possível sequer iniciar este evento, assim como aos guias e dinamizadores que conduziram as atividades e generosamente partilharam o seu conhecimento»

«Agradecer também à equipa do Centro Cultural de Barão de São João, cuja dedicação e trabalho permitiram que nada faltasse para estes três dias serem um sucesso e deixarem boas memórias em todos. Sem uma rede de parceiros a trabalhar de forma tão alinhada e motivada, nada disto seria possível», refere Anabela Santos.

O festival tem regresso marcado para 2022, de 4 a 6 de Novembro, numa 5ª edição que «já está na agenda e no itinerário dos amantes da natureza e da expressão criativa», conclui a organização.

 

Fotos: Carlos Afonso | Câmara Municipal de Lagos



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