Laboratórios colaborativos algarvios vão receber mais financiamento europeu

Ao abrigo do CRESC Algarve 2020

Os Laboratórios Colaborativos algarvios GreenCoLAB, da Associação para o Desenvolvimento de Tecnologias e Produtos Verdes do Oceano – Associação Oceano Verde, e S2AQUA, da Associação para uma Aquacultura Sustentável e Inteligente, vão ver reforçado o financiamento que recebem ao abrigo do  CRESC Algarve 2020.

Esta decisão da Comissão Diretiva do Programa Operacional do Algarve  tem o objetivo de «acelerar a inovação produtiva, aumentando os níveis de intensidade tecnológica e conhecimento nas cadeias de valor da economia regional», segundo a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve.

«Os Laboratórios Colaborativos (CoLAB) constituem instrumentos no reforço da competitividade, promovendo a articulação entre as instituições do sistema científico e tecnológico e o tecido empresarial, a transferência e incorporação de conhecimento, a consolidação e disseminação da inovação produtiva e a animação do ecossistema de inovação, procurando combinar a produção de conhecimento científico com a aplicação prática», enquadra a mesma entidade.

GreenCoLAB , uma plataforma colaborativa entre a investigação e a indústria, reúne vários parceiros institucionais, como o Centro de Ciência do Mar (CCMAR) da Universidade do Algarve (UALG), o Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG) e a Universidade de Aveiro (UA), e quatro empresas, nomeadamente a Allmicroalgae, Necton, Algaplus e Sparos, «propondo-se acelerar o desenvolvimento industrial e do mercado nas áreas dos alimentos e rações, sequestração e mitigação de CO2, tratamento de águas residuais e uso de biofertilizantes para recuperação de solos».

O S2 AQUA, integra as seguintes instituições científicas: Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPM), UALG, CCMAR e Instituto Politécnico de Leiria, e as empresas e cooperativa do setor da aquacultura: Necton, Sparos, AtlantikFish, Viveiros da Espargueira, Bivalvia, Oceano Fresco, Riasearch, Acuinova, Piscicultura Vale da Lama, Cooperativa Formosa e o Município de Olhão.

 

 

Implementar «novas abordagens tecnológicas aos processos e produtos da indústria alimentar» é o seu grande objetivo.

Além destes dois Laboratórios Colaborativos, há um terceiro no Algarve, ligado ao setor do turismo, o Knowledge to Innovate Professions in Tourism (KIPT), «este ainda sem financiamento atribuído».

«No seu conjunto, os CoLAB presentes na região contam com a participação direta de mais de quatro dezenas de empresas, instituições universitárias e centros de investigação e contribuíram para atrair cerca de duas dezenas de novos profissionais altamente qualificados, apoiados no âmbito do CRESC Algarve 2020, com um financiamento na ordem dos 3,4 milhões de euros», realça a CCDR.

«Numa região em que o tecido empresarial se caracteriza por empresas de micro e pequena dimensão, que têm revelado fortes condicionalismos para desenvolverem atividades de I&D autonomamente, importa salientar a importância dos projetos conjuntos/copromoção e das dinâmicas de clusterização, incluindo em torno de cadeias de valor, que permitam ganhar escala de atuação, aproximar os centros de conhecimento às empresas, concretizar a transferência e circulação do conhecimento científico e tecnológico, garantindo o desenvolvimento de ecossistemas colaborativos», acrescenta.

Em 2019, a despesa em I&D&I , no Algarve, «ascendeu a 41,3 milhões de euros, o que representou apenas de 0,41% do PIB regional, proporção muito inferior à observada no país (1,40%) e na UE28 (2,14%). Embora o setor empresarial regional tenha reforçado ligeiramente o investimento em I&D, esta dinâmica está ainda distante do que se observa a nível nacional (0,74%)».

«Sendo a academia e os centros de investigação, desde sempre, o motor impulsionador da inovação, representando 0,29% da despesa de I&D em percentagem do PIB (face a 0,60% ao nível nacional), importa reforçar e acelerar a cooperação entre partes e a transferência e incorporação de conhecimento, que os CoLAB podem incrementar», concluiu a CCDR do Algarve.

 

 



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