Jovens algarvios andam há um ano a “Crescer pelo Mar”

Ao abrigo de um projeto da Associação para o Estudo e Conservação dos Oceanos

Jovens algarvios, alguns deles institucionalizados, andam há um ano a aprender sobre biodiversidade, conservação dos oceanos, mas também sobre atividades marítimo-turísticas, no âmbito do projeto “Crescer pelo Mar”, que está a ser promovido pela Associação para o Estudo e Conservação dos Oceanos (AECO) e envolve o Agrupamento de Escolas Pinheiro e Rosa e a Associação de Proteção à Rapariga e à Família, ambas de Faro.

Inspirada «por uma abordagem inovadora de aprendizagem experiencial», a AECO juntou há cerca de um ano «um corpo multidisciplinar» de formadores, pondo-os em contacto «com um grupo de jovens que pretendiam desenvolver as suas competências pessoais e profissionais com e para o mar».

Os jovens que participam neste projeto irão beneficiar ao longo de dois anos de mais de 800 horas de formação certificada e gratuita.

O grande objetivo é «capacitar jovens institucionalizados, sinalizados ou referenciados pelas escolas como estando em situações de risco para o desempenho de atividades lazer, competição e profissionalizantes relacionadas com o mar, melhorando em simultâneo, competências pessoais e qualificações técnico-profissionais», segundo Ricardo Barradas, coordenador do projeto.

«Durante este primeiro ano de execução, foi possível colocar os participantes a praticar vela de cruzeiro, vela de regata, interpretação do património cultural e ambiental. Mas propomo-nos a ir mais longe. Estamos, por exemplo, a ultimar os detalhes finais com o especialista em marketing Bruno Gabriel, para integrar um módulo de marketing pessoal através do qual os jovens poderão desenvolver competências específicas ao nível da comunicação, certamente determinantes para o futuro profissional deles», acrescentou.

 

 

Com atividades semanais, «os próprios participantes reconhecem o carácter inovador desta formação que veio suprimir uma lacuna na formação de técnicos nestas áreas», salientou a AECO.

Para o professor Filipe Lara, do agrupamento Pinheiro e Rosa, as formações de náutica de recreio que existem no mercado, «para além de não darem horas práticas suficientes para treinarem e se sentirem capazes de conduzir uma embarcação marítimo-turística com total segurança, também não os ensinam sobre a outra parte».

E essa outra parte são as aprendizagem que também foram sendo adquiridas ao longo do último ano, nomeadamente «como interpretar o nosso património, contar a história da produção de ostras na região, falar de dinâmicas costeiras, saber observar e identificar as aves que nidificam aqui na ria, apenas para dar alguns exemplos».

Da parte da AECO, é feito o convite à participação, «não só a jovens algarvios, mas também a quaisquer outras entidades na região que queiram “crescer pelo mar” e contribuir para a sua missão».

A par deste projeto a associação, organiza anualmente campanhas de limpeza nas ilhas barreira da ria Formosa através do projeto “RIA +” onde também conta com o apoio de participação de jovens entusiastas do mar e da conservação da vida marinha.

 

 

 



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