Um dos dois golfinhos-roaz que entraram, no passado sábado, 6 de Novembro, na Ria Formosa, desapareceu, mas outro continua a ser visto na zona da Praia de Faro. As tentativas para o devolver ao mar têm saído goradas, mas o animal continua saudável e até poderá aguentar «dias, semanas ou meses» na Ria.
Élio Vicente, diretor do Porto d”Abrigo do Zoomarine, um centro de reabilitação, tem acompanhado de perto esta situação.
Ao Sul Informação, explica que, quanto ao golfinho-roaz desaparecido, não se sabe se «terá voltado ao mar ou morrido».
O «mais provável», ainda assim, é que tenha «regressado ao seu habitat».
Na Ria Formosa, continua um. Nos últimos dias, têm-se sucedido as tentativas de conduzir esse golfinho-roaz para o mar, mas sempre sem sucesso.
Uma delas aconteceu esta sexta-feira, 12 de Novembro, e juntou membros da Polícia Marítima, do ICNF, da Equipa de Socorro do Zoomarine, e da Rede de Arrojamentos de Animais do Algarve.
«O grande problema tem sido passar debaixo da ponte da Praia, algo que o golfinho não tem feito», explica o biólogo marinho Élio Vicente.
Apesar da estranheza, a entrada, na Ria Formosa, deste tipo de mamíferos não «é inédita, nem é de estranhar», acrescenta.
«O que levou estes dois animais a entrarem nesta zona ainda não sabemos: pode ter sido um engano, podem ter vindo atrás de alimento, ter fugido de um predador. São tudo hipóteses», explica.
Certo é que, «se a lei for cumprida», o golfinho-roaz que ainda está na Praia de Faro pode aguentar «dias, semanas ou meses» na Ria Formosa.
«O problema poderá ser a presença humana, das embarcações, o que pode afetar o bem-estar do animal. Por enquanto, o animal está saudável e o facto de ter tido receio dos barcos da Polícia Marítima mostra como continua alerta e atento aos perigos», conclui Élio Vicente.
Fotos: Nuno Pires Veloso
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