Dia Mundial da Prematuridade assinalado no Algarve com diversas iniciativas de sensibilização

Portimão iluminará edifícios de lilás e o Instituto Piaget de Silves terá um colóquio e um workshop

O Dia Mundial da Prematuridade, que se celebra a 17 de Novembro, será assinalado pela Nascer Prematuro em parceria com diversas autarquias algarvias, «sensibilizando os cidadãos para as consequências e para os riscos que os bebés e crianças nascidas prematuras, bem como as suas famílias, enfrentam globalmente».

«Porque é cada vez mais importante falar de prematuridade e tratar este tema com seriedade», será lançada a campanha “Sabes o que é extraordinário?”, que passa «pela disseminação de posters que desvendam algumas particularidades da prematuridade e desmistificam alguns mitos associados», começa por dizer a Nascer Prematuro.

Esta iniciativa tem como objetivo «sensibilizar a população em geral, bem com as organizações e instituições, para a problemática do nascimento prematuro, confiando que cada uma das partes assumirá a sua responsabilidade na garantia de melhores cuidados aos bebés prematuros e às suas famílias».

Ainda para assinalar o Dia Mundial da Prematuridade, vários municípios vão iluminar de lilás (cor associada à causa) edifícios emblemáticos da sua cidade. Um gesto simbólico que é repetido por todo o mundo.

Assim sendo, a autarquia de Portimão iluminará os edifícios dos Paços do Concelho, do TEMPO – Teatro Municipal de Portimão e do Museu de Portimão, a partir de amanhã, 16 de Novembro, e até final do mês.

 

Paços do Concelho de Portimão iluminados de cor lilás

 

Para assinalar a efeméride, em Silves, o Instituto Piaget realizará um colóquio e um workshop, no dia 19 de Novembro, no auditório do seu Campus Académico.

A iniciativa, dirigida em primeira linha a enfermeiros, estudantes de enfermagem e outros profissionais de saúde, visa «sensibilizar os estudantes e restante comunidade académica para a problemática da prematuridade, proporcionando ao mesmo tempo um momento formativo e de partilha interdisciplinar», explica o Piaget de Silves.

O programa de atividades preparado pela Escola Superior de Saúde Jean Piaget, em Silves, arranca às 8h30, com um workshop com o tema “Suporte Básico de Vida Pediátrico”.

Às 11h00 terá início o colóquio, que se prolongará até ao final da tarde, com múltiplas intervenções de profissionais de saúde e debates.

O programa do colóquio poderá ser consultado no site do Instituto Piaget de Silves.

 

 

Segundo a Nascer Prematuro, na Europa «nascem todos os anos, aproximadamente, meio milhão de recém-nascidos prematuros e estima-se que, em todo o mundo, o número ascenda aos 15 milhões, constituindo um em cada dez nados vivos, ao passo que no nosso país, segundo dados do EuroPeristat, de 2015, verifica-se 8% de nascimentos prematuros, o que representou o nascimento em 2020 de 6754 bebés prematuros».

Alguns destes bebés «necessitam de ser internados em unidades de cuidados intensivos, ou porque nascem antes das 35 semanas, ou porque têm menos de 2000 gramas à nascença, ou ainda porque desenvolvem algum tipo de patologia», refere a Nascer Prematuro.

A nível global, as complicações do nascimento prematuro «são responsáveis por um milhão de mortes e representam a principal causa de morte abaixo dos cinco anos, sendo que muitos dos que sobrevivem enfrentam problemas para toda a vida, como perturbações da aprendizagem ou défices visuais e auditivos, além de complicações mais graves, como paralisia cerebral e displasia bronco-pulmonar», realça.

No dia 17 de Novembro, a Nascer Prematuro vai ainda promover o “Fórum Parentalidade na UCIN: Pequenos mas Fortes! – impacto da pandemia nos cuidados e na parentalidade” a decorrer no Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA).

O fórum terá por base dados nacionais e mundial, relacionados com a prematuridade e a pandemia de Covid-19.

A presidente da Nascer Prematuro, Rute Gago, estará presente com uma apresentação sobre a forma como a Associação adaptou as suas atividades nestes dois anos e trará os resultados do estudo nacional sobre as restrições à presença dos pais junto dos recém-nascidos durante a pandemia.

Já Johanna Kostenzer apresentará, por sua vez, os resultados do estudo a nível mundial que a European Foundation for the Care of Newborn Infants (EFCNI) levou a cabo sobre as consequências das restrições impostas nos cuidados à grávida, pais e RNs e algumas evidências científicas que apoiam a campanha Zero Separation.

Contaremos também com o relato da situação vivida no Centro Hospitalar Universitário do Algarve, no serviço de Medicina Intensiva Neonatal e Pediátrica (SMIPN), durante a pandemia, pelo diretor do serviço, João Rosa e por Sara Almeida, que falará do impacto psicológico e emocional desta situação, com uma pequena alusão à situação na Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais (UCIN) do Hospital Universitário de São João.

As ações que assinalam as comemorações do Dia Mundial da Prematuridade «só são possíveis graças ao apoio incondicional da Letra 7 e do Centro Hospitalar Universitário do Algarve e às parcerias estabelecidas com a Câmara Municipal de Portimão, de Faro, de Lagoa, de Lagos, de Monchique e de Alcoutim.

 



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