O local é conhecido como Largo da Palmeira, mas não é essa árvore que está no centro da polémica nas obras de requalificação que estão a decorrer na Praça Ferreira de Almeida, em Faro. Um corte de, pelo menos oito árvores, feito na semana passada, está a ser alvo de contestação do movimento Glocal, mas a Câmara Municipal garante que haverá a replantação de cinco e a plantação de outras 10.
Uma atitude «inaceitável que acontece numa cidade que tem um dos mais baixos índices de espaço verde por habitante». É assim que a Glocal Faro classifica o corte de árvores que já motivou até uma vigília de cidadãos na noite da passada quinta-feira, 11 de Novembro.
Contactada pelo Sul Informação, a Câmara de Faro garante que as obras preveem «a replantação de cinco árvores» no Largo da Palmeira. Quanto às outras três, serão «realocadas na Escola Básica 2,3 Dr. José Neves Júnior».
A autarquia, na resposta ao nosso jornal, também adianta que vão ser plantadas «10 novas árvores na Praça Ferreira de Almeida».
Para o Glocal, que pediu à Câmara para consultar o projeto das obras, esta não deixa de ter sido uma «poda radical», feita em «árvores sadias e adultas».
Este movimento de cidadãos queixa-se também «da prática reiterada do executivo camarário farense de tratar as árvores como mobiliário urbano, quando elas são património de todos nós, bem como garantia a vida na terra».
«É revoltante e inaceitável», acrescentam, uma vez que esta não é a primeira vez que uma obra da Câmara merece o repúdio do Glocal, como aconteceu no caso das laranjeiras da Sé.
A Câmara de Faro, pelo seu lado, diz que as obras de requalificação do Largo da Palmeira e das ruas adjacentes, com um orçamento de cerca de 476 mil euros, vão «tornar toda esta zona mais apelativa e funcional, privilegiando os peões e as suas condições de acessibilidade».
A empresa responsável pela intervenção é a RolearOn, que tem um prazo de 210 dias para executá-la.
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