Certificado digital volta a ser obrigatório para restaurantes, hotéis e ginásios

Medidas acabam de ser anunciadas

Foto: Alexandros Michailidis/Shutterstock

O certificado digital vai voltar a ser obrigatório para entrar em restaurantes, hotéis, ginásios e eventos com lugares marcados, acaba de anunciar o primeiro-ministro. Para visitas a lares ou idas ao futebol e à discoteca, passa a ser necessário também apresentar um teste negativo, mesmo para os já vacinados. As medidas entram em vigor a 1 de Dezembro.

Depois de um Conselho de Ministros que durou longas horas, António Costa revelou quais são as novas medidas para conter o agravamento da pandemia e que fará com que Portugal entre em estado de calamidade a partir de 1 de Dezembro.

Uma das grandes novidades, dessa data em diante, é o regresso da obrigatoriedade de apresentação de certificado digital para o acesso a restaurantes, hotéis, eventos com lugares marcados e ginásios.

Outra das medidas é o facto de passar a ser obrigatório apresentar um teste negativo à Covid-19, vacinados inclusive, para visitas a lares ou entrada em bares e discotecas.

Esse teste também será necessário para visitas a pacientes internados em estabelecimentos de saúde, grandes eventos sem lugares marcados ou em recintos improvisados e recintos desportivos, como estádios de futebol.

O Governo endureceu ainda as medidas em relação às companhias de aviação. Assim, todos os passageiros que cheguem aos aeroportos portugueses também têm de apresentar um teste negativo, algo que, segundo António Costa, não tem acontecido.

«As companhias de aviação não têm cumprido a sua obrigação», disse o primeiro-ministro, revelando que será aplicada uma multa de 20 mil euros, a pagar pelas companhias aéreas, por cada passageiro que chegue sem teste.

As companhias de aviação arriscam, ainda, uma suspensão das licenças de voo, em caso de incumprimento.

O primeiro-ministro explicou que o controlo nos aeroportos será reforçado, inclusive com recurso a empresas de segurança privada.

Da reunião de hoje, saiu ainda mais uma medida: a máscara voltará a ser obrigatória em todos os espaços fechados, mas, ao ar livre, continua facultativa.

Estas novas regras surgem numa altura em que, apesar do aumento de casos e internamentos, Portugal está numa «situação francamente melhor do que há um ano», graças ao «sucesso do processo de vacinação», admitiu António Costa.

Apesar de não ser obrigatório, o primeiro-ministro fez ainda duas recomendações: a utilização dos autotestes, por exemplo antes das reuniões familiares de Natal, e o teletrabalho.

Quanto ao processo de vacinação, Costa garantiu que, até 19 de Dezembro, todas as pessoas elegíveis (com mais de 65 anos ou com mais de 50 que tenham sido inoculadas com a Jannsen) estarão vacinadas com a dose de reforço.

Em relação à vacinação de crianças com 5 aos 11 anos, que foi hoje aprovada pela Agência Europeia do Medicamento, Portugal receberá as primeiras 300 mil vacinas a 20 de Dezembro.

 

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