São seis cocktails, servidos numa lata e acompanhados de uma quadra ou não estivéssemos nós a falar da “Verso”, uma marca algarvia que nasceu no primeiro confinamento e já pensa em altos voos, dentro e fora de Portugal.
A ideia da “Verso” tem dois nomes: Wilson Pires e Tiago Oliveira.
«Durante o primeiro confinamento, a necessidade de não ficarmos parados pôs-nos a pensar em como poderíamos utilizar um dos piores períodos da história da humanidade para fazer algo inovador», conta Wilson, ao Sul Informação.
Assim nasceram seis cocktails.
Quatro têm álcool: “Poncha da Madeira com Maracujá, Tangerina, Funcho, Mead e Aguardente de Cana” (5,1%), “Sangria Mediterrânica com Pêra Rocha, Manjericão e Gengibre” (4,8%), “Spritz de Framboesa e Erva Príncipe” (4,4%) e “Porto Tónico com Zimbro, Pepino e Hortelã” (6,8%).
Há ainda dois sem qualquer teor alcoólico: “Tepache com Manga e Lúpulo” e “Soda de Toranja e Manjerona”.
Todas as bebidas, garante Wilson Pires, são «feitas de forma artesanal».
«Nós somos bartenders e a filosofia é só usarmos o que a natureza nos dá e não o que indústria produz. Os processos são muitos e complexos, mas queria destacar a quantidade de processos de fermentação existentes», diz.
Além de poder encontrar – e encomendar – os cocktails nas redes sociais da marca, também é possível beber um “Verso” na Associação Recreativa e Cultural de Músicos, em Faro, ou no bar Pippers, também na capital algarvia.
Uma das particularidades é o facto de todas as bebidas serem acompanhadas por uma pequena quadra que pode ser apreciada quando encomendamos a bebida. No Porto Tónico, lê-se:
Frescura com perfumes mil
Aromas de Primavera sorridente
Ousado e cativante no carácter
Este filho da Nação Valente
Até agora, a experiência de criar estas novas bebidas «tem sido fantástica», considera Wilson Pires.
«Por um lado, estamos a criar algo maravilhoso para a nossa comunidade, trabalhando com os pequenos produtores que nos rodeiam e nos fornecem produtos como o mel ou as framboesas», conta.
Por outro, «estamos a democratizar o cocktail, tornando-o acessível a todos e pronto para ser consumido onde, quando e com quem quiseres», acrescenta.
Os fundadores já pensam também naquilo que se segue. O futuro da marca «promete ser lindo…mas com muitas dores de cabeça».
«Esperemos poder vir a ser uma bandeira dentro e fora do país. Iremos manter-nos fiéis aos nossos princípios de sustentabilidade: descascar mais e desembrulhar menos. Queremos crescer e que mais pessoas e pequenas empresas cresçam connosco, tornando esse futuro mais bonito, mais alegre e mais saboroso», diz Wilson.
Até porque…«a vida sabe bem melhor em verso».
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