Uma noite bem passada em S. Luís e a caminhada até ao Cercal

O mar de eucaliptos, com o mar verdadeiro ao fundo

T1 E9 – S. Luís>Cercal do Alentejo

Prólogo: Alojamento na Corte da Preguiça, taxista José de Brito, Destilaria do Ferrador. Isto aconteceu tudo anteontem e tem em comum uma coisa chamada logística.

Também como nas séries, há um trabalho de bastidores sem o qual não seria possível organizar esta caminhada. Foi preciso arranjar alojamento, tendo em conta as dinâmicas do grupo, umas vezes mais gente, noutras menos, estudar como se fariam os transportes entre os pontos de partida e chegada, prever a alimentação dos caminhantes – e tudo isto foi obra da metade feminina deste casal de andantes.

E foi assim que anteontem fomos comer (muito bem) à Destilaria do Ferrador, em S. Luís (Odemira), que há uns anos ganhou um prémio de empreendedorismo da Câmara de Odemira, que se negociou com o taxista o nosso transporte e o das bagagens, e que aproveitámos as boas condições e o serviço da Corte da Preguiça, onde nos arranjaram umas sandes espetaculares para o caminho. E a logística foi tão eficiente que até conseguiu um gato em todos os sítios onde ficámos!!!

Partimos de S. Luís, a freguesia de Odemira de onde morreram mais jovens na guerra colonial, e entrámos no reino do estradão e do eucalipto. Vida animal: zero. Nada. Que contraste com o estradão de ontem, cheio de vida.

O único ser vivo com que nos cruzámos nesta zona, foi um monstro com uma carrada de rodas e uma garra à frente, ao serviço do papel/celulose a apanhar troncos de eucalipto como quem apanha paus de fósforo.

Nesta primeira parte do caminho, tínhamos ao longe a foz do rio Mira, Vila Nova de Milfontes e o mar.

Mais à frente, cruzámo-nos com um casal como nós, mas com um terço da nossa idade, quatro motas TT e um pastor a fazer o seu trabalho, gerindo as cabras montado numa Zundapp. É a evolução.

A última parte da rota já foi feita com bastante biodiversidade, entre sobreiros, hortas e pomares.

Uma coisa muito boa neste percurso anunciado de 20,5 km e “algo difícil” é que foi praticamente todo feito à sombra, porque o sol continua forte.

Foi bom!!!

 

 



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