Os PPC, a alpaca e…S. Petersburgo

Desta vez, o troço foi fácil, embora um pouco monótono…

T1 E4 – Arrifana>Aljezur

Depois dos 24 quilómetros de ontem, sabia bem ver que hoje eram “só” 12 km e com a classificação de fácil.

E, de facto, foi relativamente fácil para a equipa habitual, desta vez reforçada por uma caminhante que tinha entrado no episódio 1.

No entanto, este foi o percurso menos interessante em termos de biodiversidade, muito monótono no início, só ficando mais interessante nos últimos dois quilómetros, na aproximação a Aljezur.

O mato e a esteva também proporcionaram poucas sombras, e, apesar de estarmos já em Outubro, o sol ainda castiga e bem.

 

Com isto tudo, estávamos a pensar que iríamos encontrar pouca gente, até porque o Caminho Histórico da Rota Vicentina tem muito menos fama e visibilidade que o Trilho dos Pescadores.

Atendendo a isto, foi com alguma surpresa que nos cruzámos com três ou quatro ciclistas e com perto de uma dezena de caminhantes como nós, na sua maioria raparigas a andar a solo.

Outra surpresa foi, a meio do caminho, sermos cumprimentados por uma simpática alpaca, que saiu do rebanho para vir ver bem de perto aquelas almas que por ali passavam.

 

Enquanto andávamos, o nosso biólogo de terra ia identificando cartaxos, pintarroxos, chascos cinzentos, piscos de peito ruivo, toutinegras dos valados… Enquanto a bióloga do mar se referia a estas espécies como os ppc, ou seja, pequenos pássaros castanhos, e lamentava não ver um robalo a voar. Sabem que caminhar muito, com o sol a bater na moleirinha, pode ter alguns efeitos colaterais…

Um desses efeitos foi descobrir que estes percursos que temos vindo a fazer fazem parte da GR11/E9 que liga Sagres a S. Petersburgo e começarmos a divagar como seria ir até lá. Mas, de certeza absoluta, foi uma loucura passageira.

Para compensar estas doidices e como chegámos a Aljezur ainda a tempo de almoço, esquecemos as sandes e fomos apoiar o comércio local, apreciando um belo robalo grelhado.

 

 

Leia também sobre os outros episódios da travessia da Rota Vicentina d’O Caminhante:


T1 E1 – Cabo de S. Vicente>Vila do Bispo 

T1 E2 – Vila do Bispo>Carrapateira

T1 E3 – Carrapateira>Arrifana

 

 

 



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