Fundo VEGA tem planos para a Quinta da Rocha e para o Morgado de Arge, em Portimão

Quinta da Rocha, Morgado de Arge e o WHE Hotel são os ativos do fundo em Portimão

Antevisão do projeto para a Quinta da Rocha

O Fundo VEGA, proprietário da Quinta da Rocha, na Ria de Alvor, e do Morgado de Arge, à entrada de Portimão, tem planos para ambas as propriedades, revelou ao Sul Informação Joaquim Luiz Gomes, presidente da comissão executiva da Dunas Capital, sociedade gestora daquele fundo de investimento imobiliário.

No caso da Quinta da Rocha, cujo último proprietário, antes de ter ido parar às mãos de um banco e depois às do fundo, foi o empresário Aprígio Santos, Joaquim Luiz Gomes revelou que o projeto de «requalificação» desta quinta com 200 hectares, no coração da Ria de Alvor, poderá ter início «no primeiro trimestre do próximo ano».

«O PIP [Pedido de Informação Prévia] está aprovado, temos aprovada a Declaração de Impacte Ambiental [DIA favorável condicionada], que foi aprovada por todas as entidades competentes, incluindo pelo ICNF. Por isso, pretendemos, antes do final deste ano, entregar na Câmara de Portimão o projeto de licenciamento, para, mais tarde, no primeiro trimestre do próximo ano, podermos dar lugar à requalificação».

Depois de, há alguns anos, quando Aprígio Santos ainda era o proprietário, ter sido rejeitado, em sede de Avaliação do Impacte Ambiental, um projeto que previa a construção de casas, campo de golfe e outras infraestruturas, o novo projeto é bem mais modesto.

«Na Quinta da Rocha, a única coisa que está prevista é a requalificação das casas que já existiam historicamente, e portanto, a requalificação das áreas agrícolas numa zona de turismo rural. Não está prevista a construção de nem mais um metro quadrado de área, face àquilo que sempre existiu historicamente», garantiu o empresário.

Agora batizado como «Alvor Nature Living», o projeto prevê a reconstrução das 18 construções dispersas existentes nos 200 hectares da secular Quinta da Rocha. Aliás, a DIA favorável condicionada aprovou 9 moradias e um hotel rural com área de construção total de 3.238 metros quadrados.

 

 

Quanto ao Morgado de Arge, situado em Portimão, entre o rio Arade e a ribeira da Boina, o projeto do Fundo VEGA, que não está ainda aprovado por nenhuma entidade, estando ainda na fase de elaboração do Plano de Pormenor, prevê a urbanização de 135 dos 1450 hectares totais da propriedade.

Joaquim Luiz Gomes adiantou que, «no Morgade de Arge, foi celebrado um contrato de planeamento com a Câmara, para se desenvolver um Núcleo de Desenvolvimento Económico, uma figura de licenciamento que ainda não foi utilizada em Portugal e na qual o Morgado de Arge vai ser pioneiro».

«A nossa ambição é transformar o Morgado de Arge no equivalente, para o Barlavento Algarvio, àquilo que a Quinta do Lago é para o Sotavento. Temos esperança que, um dia, o Morgado de Arge, que tem mais do dobro da área da Quinta do Lago, possa vir a ser uma referência nacional em termos de destinos turísticos», acrescentou.

No portefólio do Fundo VEGA, o projeto do Morgado de Arge é descrito como «um novo conceito de turismo sustentável em harmonia com a envolvente natural», que irá incluir «Resort de Natureza, Condomínio Residencial, Atividade e Produção Agrícola e Florestal, Área Protegida Privada (APP), Equipamentos de Saúde e Bem-estar, Desporto e Lazer; Central Fotovoltaica».

Apesar do otimismo espelhado nas palavras de Joaquim Luiz Gomes, o Sul Informação sabe que o processo, incluindo a possibilidade de considerar o projeto como um Núcleo de Desenvolvimento Económico (figura prevista no PROT Algarve, mas nunca utilizada), está ainda em fase de negociações quer com a Câmara Municipal de Portimão, quer com outras entidades, como a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR).

 

Morgado de Arge – anteprojeto

Quanto ao investimento previsto em cada um destes projetos, o gestor revelou que «no caso da Quinta da Rocha, a nossa esperança é que venha a valer algumas dezenas de milhões de euros. Já relativamente ao Morgado de Arge, estamos a falar de para cima de uma centena de milhões de euros de investimento».

O Fundo VEGA, através da Carthage Hotels, do qual Joaquim Luiz Gomes é também administrador, é ainda proprietário, no concelho de Portimão, do «WHE – Work, Holiday & Enjoy», o antigo Hotel Globo, igualmente um anterior ativo de Aprígio Santos.

«Em conjunto, o Fundo VEGA tem 17% do território de Portimão», sublinhou Joaquim Luiz Gomes, falando com o Sul Informação aquando da abertura, após remodelação (que ainda continua) do novo hotel «WHE – Work, Holiday & Enjoy».

 



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