Festival Verão Azul leva «extensa e desafiante» programação a Lagos, Loulé e Faro

Festival arranca com exposição Faro Oeste, de Pauliana Valente Pimentel

Galeria de Arte Ambulante

A 10ª edição do Verão Azul – Festival Transdisciplinar de Artes Contemporâneas vai levar, de 4 a 20 de Novembro, uma «extensa e desafiante programação» de teatro, dança, música, performance, artes visuais e cinema a Lagos, Loulé e Faro.

O festival atinge, em 2021, «um número redondo que marca uma década inteira dedicada à promoção da arte contemporânea, em todas as suas disciplinas (e indisciplinas), na região do Algarve», enaltece a casaBranca, que promove o evento.

«Se o tick-tack tick-tack era já uma presença mais ou menos despercebida, no último ano e meio tornou-se evidente: habitamos uma verdadeira bomba-relógio. Perante tamanho choque, como continuar a fazer arte? Porquê continuar a fazer arte? Que impactos podemos já reconhecer nos indivíduos e no coletivo? São inúmeras as possibilidades para decifrar estas inquietações. Não arriscamos dar nenhuma mas desafiamos a resposta. Por isso, neste Verão Azul, temos 29 propostas de artistas locais, nacionais e internacionais, que nos provocam a pensar, criar e falar sobre ambiente, direitos humanos, democracia e incertezas», realça associação.

 

Pauliana Valente Pimentel

 

No dia 4 de Novembro, a abrir o festival, a exposição Faro Oeste de Pauliana Valente Pimentel «lança um olhar afetuoso e intimista sobre os diferentes e ainda possíveis modos de viver das comunidades ciganas de Loulé e Faro».

Também a apostar nos encontros íntimos, Alex Cassal apresenta, nos dias 12 e 13 de Novembro, em Loulé, na Biblioteca Municipal, “A Biblioteca do Fim do Mundo“, um espetáculo que «ressignifica e reconta a iminente experiência do apocalipse, através das tantas histórias que uma biblioteca abriga e pode abrigar».

A pensar o corpo, desde os seus papéis sociais e económicos até às suas potencialidades e urgências sensíveis, o festival também conta com o grupo catalão ZA! e Miguel Bonneville, «artistas com quem já colaborámos e com quem não deixamos de o fazer», realça a casaBranca.

 

João Caiano e Martim Santos

 

Este 10º Verão Azul, destaca a associação, «mergulha ainda numa autoreflexão sobre a responsabilidade e vocação da arte diante de problemas ambientais, com o filme, seguido de debate, de Luciana Fina e com o velho Mercedes-Benz da Galeria de Arte Ambulante, a denunciar a precariedade e a sensação de impotência dos agentes e profissionais da cultura. Por isso mesmo, não podemos deixar de destacar os artistas locais: Carolina Cantinho & António Guerreiro, João Caiano & Martim Santos e José Jesus & Flávio Martins, a pensar sobre amores, fins, escolhas e tantas coisas mais.

Este ano, continua também a aposta na educação, com 11 atividades práticas para crianças e jovens adolescentes, entre workshops, masterclasses, sessões para escolas e oficinas criativas.

Artistas como António Jorge Gonçalves, LBC Soldjah, Sérgio Pelágio e Isabel Gaivão «são os encarregados de levar todos estes importantes temas e questionamentos para os mais miúdos e mais miúdas».

A associação casaBraca realça diz esperar «que esta bomba-relógio», «prestes a explodir», «possa representar, para além de um planeta à beira do colapso, também a potência do despertar de todos e todas para uma transformação radical e necessária».

 

Veja aqui a programação completa

 

 



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