Calor, filosofia, miragens e caminhos

Novo troço, onde o alcatrão e o estradão predominaram

T1 E6 – Odeceixe>S. Teotónio

O dia acordou com um sol sem nuvens sobre Aljezur. Para a malta das praias, estava perfeito. Para nós…já lá iremos.

Hoje era dia de mudar de base de operações, ou seja, sair da Casa do Pelourinho, em Aljezur, onde estivemos muito bem instalados durante quatro noites, para uma base mais avançada, tendo em conta o progresso da caminhada.

De acordo com a ficha técnica da Rota Vicentina, havia duas variantes e, obviamente, escolhemos a de 15 km, até porque a classificação da etapa era de “fácil”.

A descrição sumária do percurso é: interessante no início, alcatrão, estradão, alcatrão, estradão e interessante no final.

 

À saída de Odeceixe, enquanto acompanhamos a ribeira no lado algarvio, a várzea era interessante, muito agrícola, com hortas e árvores de fruto.

Ao passarmos a fronteira para o Alentejo, rapidamente apareceu o alcatrão e, assim que pudemos, fugimos para os caminhos de terra, que rapidamente se transformaram em estradões, sem sombras e com o sol a bater forte.

A equipa era a mesma de ontem e o calor fez efeito: filosofámos, sendo a tirada vencedora “caminhar também é isto, andar até chegar ao destino”, tivemos “miragens”, óticas e auditivas, mas fomos sempre andando e refilando.

Lembram-se da melancia? Desta vez é que demos mesmo fim dela. Acabou a saber muito bem, fresca e aguada, precisamente o que precisávamos.

 

Ao chegar perto de S. Teotónio, finalmente apanhámos um caminho antigo, que nos soube muito bem e colocou à prova a nossa capacidade de ultrapassar obstáculos, nomeadamente árvores caídas.

Neste troço de ligação, não encontrámos ninguém a caminhar, mas os poucos residentes que nos viram passar cumprimentaram-nos muito bem.

Fez-se!

 

 

 

 



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