A etapa mais verde, até S. Luís

Ao longo da ribeira do Torgal

T1 E8 – Odemira>S. Luís

Foi bom! Apesar dos 25 km e da classificação de “algo difícil”, foi bom.

Percurso praticamente todo em estradão, mas como acompanha a ribeira do Torgal, a da Capelinha e as linhas de água que as servem ladeadas por freixos e amieiros, com carvalhos e sobreiros, com esta vegetação luxuriante só ficávamos à espera que nos aparecessem elfos e fadas.

Esta foi a etapa mais verde que já fizemos, e a água, em alguns locais, os cheiros, o zumbido dos insetos e o cantar dos pássaros, recorda que o Alentejo tem sítios que fogem ao seu estereótipo.

Passado o entusiasmo, vamos pôr ordem no relato. Já estamos em modo duo, ou seja, somos agora um casal de aventureiros caminhantes.

Começámos com um rebanho de cabras muito curiosas, comemos a nossa dose habitual de medronhos em comprimidos (ou seja, em fruto), assustámos uma garça real que estava num pego, atravessámos propriedades privadas deixando as cancelas abertas ou fechadas conforme as encontrámos, comemos umas sandes perto de um spa de javalis (onde eles se espojam) e, no final, também tivemos a nossa dose de sol e calor.

Curiosamente, a parte do estradão batida pelo sol estava cheia de vida. Tinha montes de gafanhotos azuis e cor de laranja a saltar à nossa frente, borboletas, louva-a-Deus, lagartixas, um corvo que durante algum tempo nos acompanhou a crocitar e as tradicionais vacas.

Gente durante o percurso? Alguns carros, motas TT e dois velhos mais novos que eu, esfalfados a correr.

E terminámos com as minis no Café Gabriela, cheio de cor local.

 

 

 

 



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