Criado pelo poeta louletano Casimiro de Brito, o “Prisma de Cristal”, «um dos mais antigos suplementos literários na história da imprensa portuguesa, inserido no jornal ‘A Voz de Loulé’», será apresentado numa edição fac-similada esta sexta-feira, 10 de Setembro, às 18h30, na Casa do Meio-Dia, espaço da editora Sul, Sol e Sal, em Loulé.
Esse suplemento «esteve na origem de um dos mais importantes movimentos literários do final século XX, gerando vultos da maior importância na literatura portuguesa», começa por dizer a autarquia de Loulé.
A apresentação pública da reprodução do histórico “Prisma de Cristal” tem sido adiada devido à pandemia, pelo que se vai concretizar agora no âmbito da Bienal Human XXI, uma iniciativa cultural da Câmara Municipal de Loulé.
A sessão contará com a presença de Casimiro Brito e irá contar com intervenções do professor catedrático Pere Ferré e do poeta, ensaísta e crítico literário António Carlos Cortez, autor do texto introdutório da edição. Presente também na sessão estará a diretora de “A Voz de Loulé”, Nathalie Dias.
«A reedição fac-similada é uma homenagem a Casimiro de Brito, criador e dinamizador da página literária verdadeira semente da poesia contemporânea que germinou em Loulé», explica o município.
No suplemento de ‘A Voz de Loulé’, jornal fundado em 1952 que ainda hoje existe, publicaram «dezenas de poetas oriundos do Algarve e de todo o país, bem como da vizinha Espanha, de África ou do Brasil», nomes como António Ramos Rosa, Emiliano da Costa, Fernando Midões, Afonso Cautela, Maria Rosa Colaço, Eduardo Olímpio e António Cabral.
Casimiro de Brito dirigiu igualmente em Faro a coleção de poesia “A Palavra” e, depois de passar por Londres, dirigiu com Ramos Rosa os Cadernos do Meio-Dia, onde se revelaram os poetas do movimento Poesia 61.
Foi condecorado com a Ordem do Infante pelo Presidente da República Portuguesa, tendo sido também vice-presidente da Associação Portuguesa de Escritores e presidente do P.E.N. Clube Português.
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