Coligação “Portimão Mais Feliz” critica «carências» nas escolas do concelho

Candidatura apresenta alguns «pontos fracos» do setor que «urge colmatar»

Luís Carito – Foto: Elisabete Rodrigues | Sul Informação (Arquivo)

A coligação “Portimão Mais Feliz”, que tem Luís Carito como candidato à Câmara Municipal, criticou esta segunda-feira, 20 de Setembro, numa nota de imprensa, o facto de que «toda a estrutura escolar do concelho tem evidentes carências que urge colmatar».

A primeira crítica vai para os recursos humanos não docentes, colocados pela autarquia nos estabelecimentos de ensino, que diz serem «manifestamente insuficientes, o que exige dos efetivos um constante desdobramento para acorrer a diversas funções que deviam estar asseguradas por pessoal a elas dedicado», começa por dizer a «Portimão Mais Feliz.

Como exemplo, a coligação refere que «os mesmos elementos que deviam dar apoio às salas de aula e respetivos corredores são deslocados para o refeitório».

O que também ocorre em algumas escolas do 1º Ciclo, «é de salientar a falta de funcionários para supervisão dos alunos nos recreios».

A coligação destaca, ainda, «a dificuldade em contratar assistentes operacionais para substituir os que se encontram de baixa médica por doença, bem como a morosidade que se verifica em todo o processo concursal».

«Verifica-se uma gestão pouco cuidada relativamente ao número de alunos das escolas EB 2,3 do concelho, pois enquanto as de Alvor e Mexilhoeira Grande estão a ficar sem alunos, as de Portimão estão sobrelotadas», realça ainda a candidatura “Portimão Mais Feliz”.

Na nota de imprensa, a coligação evidencia ainda «um problema por resolver», a requalificação dos espaços físicos, bem como as salas de aula de escolas do 1º Ciclo que «não têm conforto térmico, condições que os responsáveis procuram ultrapassar com o recurso a equipamento de aquecimento, mas que colide com a deficiente potência da instalação elétrica que não suporta esta sobrecarga».

Em causa estão também as exigências do ensino com a modernização digital que «não se coaduna com equipamento escolar, nomeadamente a obsolescência dos recursos informáticos, tanto ao nível de hardware como de software». Quanto à manutenção do parque informático das escolas «verifica-se, também, a falta de disponibilidade da autarquia em prestar um apoio técnico satisfatório».

A coligação “Portimão Mais Feliz” critica também o facto de que, «apesar de a nomeação de um professor para a substituição de outro por impedimento temporário ser uma matéria da responsabilidade do Ministério da Educação, verifica-se sempre grande dificuldade nessa efetivação. Tal fica a dever-se aos elevados custos associados ao alojamento do docente substituto, a quem não é atribuído qualquer subsídio/apoio para o efeito».

«Consequentemente, as disciplinas ficam sem titular por tempo indefinido, com evidentes reflexos na deficiente absorção de conhecimentos dos alunos das turmas envolvidas».

Candidata às Autárquicas 2021, a coligação realça que «será esse um dos problemas a que estamos atentos e um dos muitos que pretendemos colmatar com a criação do campus académico/universitário, o que tornará Portimão uma cidade competitiva e aliciante para alunos e professores».

«Também nos preocupa o estado ou a falta de zonas exteriores de convívio dos alunos, sobretudo no que respeita a áreas expostas aos elementos naturais, verifica-se a falta de coberturas em tempo de chuva e pouco sombreamento para um clima predominante quente e dias soalheiros».

No que diz respeito à segurança, a Escola Segura, a candidatura que tem como cabeça de lista Luís Carito constata «uma carência de reforço de vigilância nas escolas inseridas em meios socioculturais mais desfavorecidos»

Relativamente à problemática do amianto existente na Escola Secundária Manuel Teixeira Gomes, «que durante anos nunca foi resolvida», a coligação “Portimão Mais Feliz” diz «lamentar que só em vésperas de eleições a autarquia tenha iniciado a sua remoção».

 

Outdoor da “Portimão Mais Feliz” vandalizado

 

«Os atos de vandalismo não abonam a favor da democracia», salienta a candidatura. Os atos de vandalismo de cartazes e faixas têm-se sucedido no concelho de Portimão, onde já foram afetados cartazes e faixas do Bloco de Esquerda, PS, PSD e Chega, bem como no resto do Algarve.

 



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