Caras conhecidas prometem luta renhida pela Câmara de Vila do Bispo

Conheça os cabeças de lista aos órgãos autárquicos do concelho de Vila do Bispo na infografia no fim do artigo

Uma presidente que assumiu o cargo sem ter sido avisada antes, o líder distrital de um partido e um antigo presidente de Junta que já foi eleito por duas forças políticas e agora concorre como independente. A corrida à Câmara de Vila do Bispo, nas Eleições Autárquicas deste mês, tem cinco candidatos, numa luta que tem tudo para ser renhida. 

Rute Silva é a cabeça de lista dos socialistas. A atual presidente da Câmara é, pela primeira vez, candidata ao cargo, depois de, já este ano, ter assumido as rédeas da autarquia.

Adelino Soares – que, de qualquer forma, não podia recandidatar-se por ter atingido o limite de mandatos – decidiu sair mais cedo, numa atitude que mereceu críticas de Rute Silva, então vice-presidente. Segundo a agora candidata, Adelino Soares deixou a Câmara, para assumir um cargo na empresa Algar, sem ter avisado a sucessora.

Já o PSD – com a coligação “A Nossa Terra em Boas Mãos” que também tem o CDS-PP/MPT/PPM – escolheu Paula Freitas para cabeça de lista à Câmara de Vila do Bispo.

Este é um regresso à política para esta professora que já foi vereadora e vice-presidente da autarquia, de 2003 a 2005, pelo PSD, e candidata em 2009.

Nesta corrida, Rute Silva tem a oposição de alguém bem conhecido no concelho. Trata-se de Dino Lourenço, presidente da Junta de Freguesia de Vila do Bispo e Raposeira, que concorre como independente do movimento “Somos pelo concelho”.

O autarca foi eleito pela primeira vez em 2013, apoiado pelo PS, mas em 2017, quando foi reeleito, fez parte das listas da coligação “Juntos pela Mudança” (PSD, CDS, MPT e PPM).

Agora como independente, Dino Lourenço também tem na lista, por exemplo, Luís Paixão, atual presidente da Junta de Freguesia de Sagres, independente, que não se recandidata.

Quanto ao candidato do Chega é João Graça, o atual líder distrital deste partido. Natural de Esposende, o concorrente do partido de André Ventura mora em Sagres há várias décadas e é oficial de registos de profissão.

Tem também a curiosidade de ser o atual presidente da Assembleia de Freguesia de Sagres, eleito, em 2017, pelos independentes “Paixão por Sagres”, então liderados por Luís Paixão.

Alexandre Estradas fecha a lista de candidatos à Câmara, concorrendo pela CDU. O jovem de 25 anos foi candidato à Junta de Freguesia de Budens em 2017, sendo membro da Comissão Concelhia de Vila do Bispo do PCP.

Quanto à corrida para a Assembleia Municipal, também tem pontos de interesse.

Desde logo, pelo PS, o candidato é Armindo Vicente, atual vice-presidente da Câmara e provedor da Santa Casa da Misericórdia de Vila do Bispo.

Já o movimento independente “Somos pelo concelho” escolheu como cabeça de lista Luciano Rafael, o atual diretor da Fortaleza de Sagres e técnico superior da Direção Regional de Cultura do Algarve.

Gilberto Viegas também está de regresso à política autárquica. O antigo presidente da Câmara de Vila do Bispo, de 1998 a 2009, é o candidato do PSD à Assembleia Municipal.

Fernando Cortes, que chegou a ser líder da bancada do PSD na Assembleia Municipal, candidata-se a este órgão autárquico, mas pelo Chega.

Luís Costa, que concorre pelo Bloco de Esquerda (e já foi presidente da Junta de Vila do Bispo, eleito como independente), e o jovem Bruno Boaventura, estudante de Jornalismo, que se candidata pela CDU, fecham a lista de candidatos.

No que toca às Assembleias de Freguesia, há a particularidade de haver dois movimentos que só se candidatam a estes órgãos autárquicos.

São eles o “Vamos Fazer Mais – VFM” que concorre a Budens, com Assildo Duarte como cabeça de lista, e a Lista Unitária do Progresso, que já lidera a freguesia de Barão de São Miguel e volta a concorrer, com Alberto Encarnação como candidato a presidente.

Nas últimas eleições autárquicas, disputadas a 1 de Outubro de 2017, o PS venceu a Câmara com 54.94% (1484 votos), garantindo a maioria absoluta e elegendo quatro vereadores. A coligação PSD/CDS-PP/MPT/PPM obteve 23,92% (646 votos, um vereador).

O Bloco de Esquerda, que este ano só concorre à Assembleia Municipal, teve, em 2017, uma votação de 7,26% (196 votos). A CDU obteve 4,78% (129 votos) e os independentes do “Vila do Bispo tem Futuro” a mesma percentagem e votos.

Votaram 2701 munícipes, num universo de 4115 inscritos, o que corresponde a 65,64% do total (a abstenção foi de 34,36%).

 

 



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