Duas Câmaras do Algarve que mudaram do PSD para o PS, todos os presidentes em exercício que se candidataram a conseguir vencer (embora, em alguns casos, por muito pouco e sem maioria) e o CHEGA a eleger dois vereadores, noutros tantos concelhos. Estes são o destaques das Eleições Autárquicas deste domingo, dia 26 de Setembro, no Algarve.
Após a contagem dos votos, em comparação com 2017, o PS elevou de 10 para 12 o número de Câmaras que lidera na região, ao vencer em Vila Real de Santo António e em Monchique.
Os socialistas aproveitaram o facto de os presidentes em exercício não serem candidatos para roubar estes dois municípios aos social-democratas.
No caso de VRSA, também terá tido influência o facto de a presidente, que havia sido eleita em 2017, ter sido detida há poucos meses, abdicando, mais tarde, do cargo.
Desta forma, Álvaro Araújo será o novo presidente em Vila Real de Santo António, ainda que sem maioria absoluta.
Em Monchique, Paulo Alves ganhou a Bruno Estremores e terá maioria no executivo. O candidato do PSD garantiu 3 mandatos – presidente e dois vereadores -, enquanto o PSD elegeu apenas um. O CDS-PP também garantiu a eleição de um vereador, o primeiro da história neste concelho.
Quem também teve problemas foram alguns dos presidentes que pegaram nas rédeas da Câmara a meio do mandato.
Os casos mais “bicudos” são os de Albufeira e de Vila do Bispo, em ambos os casos, com independentes à mistura.
José Carlos Rolo venceu em Albufeira, mas apenas garantiu três dos sete mandatos. Os outros quatro foram divididos por outras três candidaturas, duas delas independentes.
A lista do PS, encabeçada por Ricardo Clemente, garantiu dois vereadores. Desidério Silva, antigo presidente da Câmara, foi eleito vereador pelo Movimento Independente Por Albufeira (MIPA), bem como Abel Zua, mas pelo movimento Albufeira Prometida.
Em Vila do Bispo, Rute Silva foi eleita presidente, mas com apenas dois mandatos, os mesmos que o movimento independente «Somos Pelo Concelho». O PSD elegeu o quinto vereador.
Também muito renhida foi a luta pela Câmara de Tavira, com a presidente em exercício, a socialista Ana Paula Martins, a vencer Dinis Faísca, candidato do PSD, por apenas 123 votos. No entanto, o PS manteve a maioria.
Quem também tem razões para festejar é o CHEGA, que elegeu vereadores em Loulé e em Portimão, logo na primeira vez que se propôs a votos, numas Eleições Autárquicas.
No entanto, nestes dois concelhos, os presidentes em exercício, ambos do PS, mantiveram as maiorias absolutas.
Nas demais Câmaras, os detentores do cargo de presidente foram todos eleitos (ou reeleitos) com maioria absoluta.
Neste campo, destaque para a estrondosa vitória de Rogério Bacalhau em Faro, onde a coligação PSD/CDS-PP/MPT/PPM/IL conseguiu seis mandatos (presidente e cinco vereadores), contra três do PS.
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