Seis dias, seis concertos: Capitão Fausto estão «com vontade de tocar» em Faro

«Foi um ano difícil, mas agora é a valer»

Foto: Martyna Mazurek | Sul Informação – Arquivo

Haverá os sucessos de álbuns como “Invenção do Dia Claro”, mas também «algumas coisas que nunca tocámos ao vivo». Os Capitão Fausto vão dar seis concertos em seis dias, em Faro. O primeiro é já esta sexta-feira, 27 de Agosto, no Figuras à Rampa, seguindo-se uma inédita digressão pelas ilhas do concelho. Na banda, não se esconde a «vontade de tocar nesta temporada» no Algarve.

Domingos Coimbra é o baixista dos Capitão Fausto, um dos principais conjuntos de rock que surgiram, nos últimos anos, em Portugal.

Em entrevista ao Sul Informação, o músico adianta que, no concerto de hoje, a partir das 21h30, na rampa do Teatro das Figuras (Faro), os espectadores podem esperar um espetáculo que fará «um apanhado dos quatro álbuns e algumas versões que fizemos para o Sol-Posto, o nosso filme-concerto».

De certa forma, será uma «revisitação» do que a banda foi fazendo ao longo dos anos, com «maior primazia para os dois últimos álbuns (“Invenção do Dia Claro” e “Capitão Fausto tem os dias contados”)».

É nesses discos que se encontram sucessos como “Boa Memória”, “Lentamente”, “Certeza” ou “Amanhã ‘Tou Melhor”.

 

 

«Enquanto estamos em fase de preparação de canções novas, é uma boa fase para repegarmos no nosso repertório», comenta Domingos Coimbra ao nosso jornal.

Da rampa do Teatro das Figuras, os Capitão Fausto seguirão para uma série de concertos «diferentes», como reconhece o baixista.

Será um género de uma tournée pelas ilhas do concelho de Faro: Culatra (dia 29), Hangares (30), Farol (31), Deserta (1 Setembro) e Praia de Faro (2). Em cinco dias consecutivos, cada ilha acolherá um concerto para 24 pessoas.

«A ideia para estes espetáculos? Bem, surgiu através de uma parceria entre o Município e a nossa equipa. Nós tocamos muito mais a Norte, já tivemos concertos no Algarve, mas não tantas vezes. Achámos por bem fazer um género de uma temporada e acabámos por ir ainda mais longe nesta ideia dos concertos nas ilhas», explica Domingos Coimbra.

O objetivo é também que haja «mais um chamativo» para as pessoas se deslocarem à Culatra, Farol ou Hangares que não, apenas, a praia.

Quanto aos concertos serão «mais intimistas, com repertório especial, e acho que isso é muito interessante», considera o baixista.

A parte logística «será a grande questão» e Domingos Coimbra perspetiva «um dia de trabalho atípico». «Nós vamos tocar em terra, mas haverá instrumentos a ir de barco, há areia, vento… Parece-me que teremos sempre um lado de improviso», diz.

O certo é que os Capitão Faustos, que já começaram a trabalhar num novo disco, estão «com vontade de tocar» e animar os fãs da banda. Quanto aos bilhetes para todos os concertos…estão esgotados.

«O nosso verdadeiro sentido dá-se com o público, nos concertos. É aí que se dá aquela simbiose perfeita. Sentimos muita falta desse encontro e e ele acontecer é um excelente sinal de que a ideia de um concerto está a passar a ser cada vez mais segura e normal», considera Domingos.

«Foi um ano difícil, mas agora é a valer», conclui, entre risos.

 

 

 



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