PCP: Incêndio de Castro Marim demonstra que é preciso «outra política para a floresta e o mundo rural»

Comunistas defendem que «é indispensável que o Governo assuma desde já o compromisso de assegurar os apoios necessários para a reposição de habitações, explorações agrícolas, hortas e equipamentos perdidos, mas também que assegure ajudas ao rendimento perdido, e para a reconstituição do potencial agrícola e florestal»

Incêndio de Castro Marim – Foto: Rúben Bento – Sul Informação

O incêndio de Castro Marim demonstra que é preciso «uma outra política para a floresta e o mundo rural», defende o Secretariado da Direção da Organização Regional do Algarve (DORAL) do PCP.

Em comunicado, os comunistas reafirmam «a urgência de defender a Floresta e o mundo rural, garantindo o seu ordenamento e a aposta – com rendimentos para os proprietários – nas espécies autóctones».

A DORAL do PCP sublinha ainda a necessidade «uma outra política para a floresta», que passe por «emprego, serviços públicos, investimento público e preços justos à produção agrícola e florestal». «É que, sem pessoas, não é possível a gestão da floresta».

Por isso mesmo, no seu comunicado, esse partido exige «outra política agro-florestal», «opções nacionais no Plano Estratégico da PAC para o apoio preferencial à agricultura familiar e ao mundo rural do minifúndio», a «adoção de políticas que garantam, em contraposição à lógica capitalista, o apoio efetivo a produções e produtores que aí encontrem fonte de rendimento e compensação da sua atividade e não o incentivo para que as abandonem a favor de fileiras como a do eucalipto».

«O que este incêndio revela, uma vez mais, é que apesar dos sucessivos anúncios e das inúmeras alterações legislativas, entre as quais se encontra a “maior reforma da floresta”, de que falava o anterior Ministro da Agricultura, continua a bastar uns dias de maior calor para serem incontornáveis incêndios de muito grande dimensão».

No seu comunicado, os comunistas, «perante o desenvolvimento do incêndio que começou no concelho de Castro Marim, atingindo já os concelhos de Vila Real de Santo António e Tavira, e que já provocou, até agora, a destruição de milhares de hectares de matos e florestas, ferimentos em três bombeiros, deslocação de pessoas, destruição de habitações, morte de inúmeros animais, perda de biodiversidade e prejuízos diversos que estão ainda por calcular», manifestam «a mais profunda solidariedade para com as populações atingidas».

«Sendo certo que o conjunto dos prejuízos estão ainda longe de estarem identificados, é indispensável que o Governo assuma desde já o compromisso de assegurar os apoios necessários para a reposição de habitações, explorações agrícolas, hortas e equipamentos perdidos, mas também que assegure ajudas ao rendimento perdido, e para a reconstituição do potencial agrícola e florestal», diz ainda a DORAL do PCP.

 
 



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